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Praça ganha monumento em homenagem às vítimas do Massacre de Realengo

Obra é composta por 11 crianças e uma borboleta

Rio de Janeiro|Do R7, com Agência Brasil

Monumento em memória das vítimas é composto por 11 crianças e uma borboleta, que representa a 12ª vítima
Monumento em memória das vítimas é composto por 11 crianças e uma borboleta, que representa a 12ª vítima

Um monumento em homenagem às 12 crianças e adolescentes mortos por um atirador na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, foi inaugurado na manhã de domingo (20) em uma praça nos fundos do colégio. A chacina aconteceu no dia 7 de abril de 2011, quando um ex-aluno da escola entrou armado na unidade e matou os estudantes, todos com idade entre 12 e 15 anos.

O monumento, construído a pedido das famílias das vítimas, agrupa as esculturas de bronze de 11 crianças e adolescentes, com 1,5 m de altura. Uma borboleta representa a 12ª a vítima, já que a família pediu para que o rosto da criança não fosse reproduzido no memorial.

Tia da menina Karine Lorraine, Ana Paula dos Santos diz que o tempo que se passou desde a tragédia não foi suficiente para diminuir a dor da perda de sua sobrinha, que tinha 14 anos quando foi morta.

— As pessoas falam: 'com o tempo passa'. Para quem não está vivenciando isso na família passa, passa rápido. Mas, para a gente que convive ali, no dia a dia, sabendo que ela não vai mais chegar, não vai mais te ligar, você não vai mais ouvir a voz, você não vai mais ver, isso é como se fosse ontem.


Para o hoje subtenente Márcio Alves, que entrou na escola durante a chacina, confrontou o atirador e impediu que o número de mortos fosse maior, o monumento é uma bela homenagem às crianças.

— Toda homenagem para eles é válida. Seria melhor se fosse uma homenagem com eles vivos, mas, pelo sofrimento que essas famílias passaram, tudo é válido para elas.

Em um discurso, durante a inauguração, Adriana Maria, mãe de Luiza Paula, que tinha 14 anos quando morreu, disse que o monumento não deve ser encarado como algo que lembre a dor e o sofrimento, mas sim como um pedido de paz.

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