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Prefeitura do Rio investiga irregularidades nas obras do BRT

Prejuízos durante a construção da Transcarioca podem ter alcançado R$ 15 milhões; empreiteiras ligadas à obra estão envolvidas na Lava Jato

Rio de Janeiro|Do R7

Crivella mostra diferença entre materiais que deveriam ser usados na obra
Crivella mostra diferença entre materiais que deveriam ser usados na obra

A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou, em entrevista coletiva, nesta terça-feira (16), o início das investigações para apurar suspeitas de uma série de irregularidades na construção do BRT Transcarioca. Espessuras de barras de ferro e de concreto foram alguns dos problemas apontados pelo prefeito Marcelo Crivella (PRB) após inspeções no corredor de ônibus realizadas pela Senconserma (Secretaria de Conservação e Meio Ambiente) e pela SMUIH (Secretaria de Infraestrutura e Habitação).

A Prefeitura realizou dez inspeções durante os 39 km de extensão do corredor BRT Transcarioca. Em todas estas vistorias foram encontrados falhas de cumprimento do projeto inicial, como concreto, ferro e malha de aço. Somente em concreto, a Prefeitura estima um prejuízo de R$ 15 milhões.

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Crivella destacou as falhas do projeto, mas não indicou problemas de corrupção na gestão anterior. “Se houve corrupção, vou deixar para a Justiça apurar. Mas o fato é que pagamos mais de R$ 2 bilhões por uma obra que foi feita completamente fora do projeto. Ao longo de todo o corredor, faltaram 10 cm de espessura, em média, no concreto”, disse o prefeito do Rio.

Trincas no concreto e fendas no pavimento são comuns durante todo o corredor exclusivo, danificando os ônibus. Motivo pelo qual as operadoras do BRT entraram com uma ação contra a Prefeitura para ressarcimento por conta das quebras.


O processo de investigação da Prefeitura será entregue ao MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro), que poderá decidir se irá abrir investigações sobre a construção do BRT Transcarioca.

Em nota, a Prefeitura informou que determinou a convocação das empreiteiras envolvidas na construção do BRT Transcarioca: Andrade Gutierrez e Consórcio Transcarioca, formado por OAS, Carioca Engenharia e Contern. Elas serão chamadas a refazer a obra dentro das especificações corretas. Caso se recusem, a Procuradoria Geral do Município explicou que poderá entrar com ação na Justiça para ressarcimento, por parte dos responsáveis pela obra, aos cofres públicos.

Os outros dois corredores expressos do BRT – Transoeste e Transolímpica – também serão vistoriados pela Prefeitura do Rio.

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