Presidente da Cedae e funcionários prestam depoimento à polícia
Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados investiga se houve sabotagem na água que é fornecida para cariocas pela companhia
Rio de Janeiro|Karolaine Silva, do R7*

O presidente da Cedae, Hélio Cabral, e outros dois funcionários da companhia prestaram depoimento, nesta terça-feira (21), na DDSD (Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados), Cidade da Polícia, zona norte do Rio de Janeiro.
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O presidente da companhia prestou depoimento durante duas horas e meia. Ele disse que apenas esclareceu questões administrativas e técnicas.
"A Cedae é a maior interessada na apuração dos fatos que ocorreram no começo deste ano. É tão interessada que pediu à Polícia Civil que averiguasse esse fato para que seja esclarecido para população. Eu vim aqui hoje somente para prestar esclarecimento sobre informações técnicas e administrativas para o andamento do processo", disse Cabral.
Na última quinta-feira (16), agentes estiveram na Estação de Tratamento do Guandu, em Nova Iguaçu, para saber se a coloração, gosto e cheiro ruim da água foram provocados por algas ou se houve algum tipo de sabotagem.
Outros três funcionários foram ouvidos na sexta-feira (17) como parte das investigações, mesmo dia em que o diretor de saneamento e grande operação da companhia, Marcos Chimelli, foi exonerado do cargo.
A delegada responsável pelo caso, Josy Lima, não descarta possibilidade de sabotagem.
“Uma das linhas de investigação é a sabotagem. Então não vamos descartar a possibilidade. Vamos investigar, caso tenha ocorrido vamos chegar aos autores”, disse Josy Lima.
Crise da água
Os relatos da coloração amarelada e do mau cheiro da água começaram nas redes sociais no dia 6 de janeiro. Desde então, algumas pessoas afirmaram ardência nos olhos após lavar o rosto e outras relataram que tiveram febre, enjoo e vômito ao consumir essa água.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Patrícia Junqueira















