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Preso por cambismo, executivo ligado à Fifa guardava mais de 80 ingressos da Copa em hotel na zona sul

Quadrilha ganhava cerca de R$ 2 milhões por jogo

Rio de Janeiro|Do R7

Cada partida rendia cerca de R$ 2 milhões à quadrilha
Cada partida rendia cerca de R$ 2 milhões à quadrilha

A polícia apreendeu 82 ingressos com o inglês Raymond Whelan, 64 anos, preso na tarde desta segunda-feira (7) por suspeita de participar de uma quadrilha que desviava e revendia ingressos para a Copa do Mundo. Cada partida rendia cerca de R$ 2 milhões ao grupo. Foram recolhidos ainda computador e celulares. Todo o material será periciado.

Whelan, preso no Copacabana Palace, zona sul do Rio, é executivo da Match, empresa responsável pela distribuição de bilhetes para o Mundial. O mandado de prisão foi expedido com base no artigo 4-G do Estatuto de Defesa do Torcedor (Fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de ingressos para venda por preço superior ao estampado no bilhete).

De acordo com o delegado Fábio Barucke, responsável pela investigação, Whelan era um facilitador para a quadrilha ter acesso e vender os ingressos, já que a Match presta serviços para a Fifa. A ação faz parte da Operação Jules Rimet, desencadeada na semana passada, que resultou na prisão de 11 pessoas envolvidas no esquema ilegal.

Barucke afirmou ainda que, durante as investigações, Whelan foi flagrado nas escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, negociando ingressos com o argelino Mohamadou Lamina Fofana, um dos presos na Jules Rimet. Havia cerca de 900 registros. O mandado de prisão de Raymond Whelan foi expedido pelo Juizado Especial do Torcedor. O inglês foi levado para a 18ªDP (Praça da Bandeira). Segundo o delegado, a Fifa forneceu, nesta segunda-feira, a listagem de números de telefone requerida pela polícia. As investigações continuam em andamento.


Procurada pelo R7, a Fifa afirmou, por intermédio de seu departamento de imprensa, que "tomou conhecimento de que Ray Whelan, diretor do escritório de Acomodação da MATCH Services, provedora de serviços para a Fifa, foi levado do hotel Copacabana Palace pela polícia para prestar depoimento por suposta participação no que diz respeito à Operação Jules Rimet. A Fifa continua colaborando plenamente com as autoridades locais e fornecerá todos os detalhes solicitados para auxiliar nesta investigação em andamento".

A entidade disse ainda que "conforme mencionado em diversas ocasiões, gostaria de reiterar a sua posição firme contra qualquer forma de violação da lei criminal e dos regulamentos de emissão de ingressos. A Fifa está apoiando totalmente as autoridades de segurança nos nossos esforços conjuntos para reprimir todas as vendas de ingressos não autorizadas".

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