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“Quase morri”, diz mulher que fez lipo em clínica clandestina no Rio 

Jovem teve complicações após passar por procedimento e está internada há mais de um mês 

Rio de Janeiro|Do R7

Ramissa Rayane chegou a engordar 100 kg devido aos medicamentos
Ramissa Rayane chegou a engordar 100 kg devido aos medicamentos Ramissa Rayane chegou a engordar 100 kg devido aos medicamentos

Ramissa Rayane, de 23 anos, é uma das vítimas da clínica clandestina de estética que foi fechada pela polícia em Campo Grande, zona oeste do Rio, na última terça-feira (9). A assistente financeira está internada num hospital, há mais de um mês, em razão de complicações após ter realizado um procedimento no estabelecimento.

Ramissa pagou R$ 4.000 para fazer uma hidrolipo. O procedimento promete ser uma técnica de lipoaspiração mais simples e rápida. Mas, em menos de 24 horas, a jovem já apresentou complicações.

A assistente financeira passou por três hospitais e teve infecção hospitalar. Ramissa também engordou mais de 100kg por conta dos medicamentos.

— Eu vi a morte de frente. Quase morri. Estou com o psicológico abalado e longe das pessoas que amo. Além disso, não tem expectativa para o futuro.

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A jovem acredita que foi enganada na clínica clandestina. Além disso, ela contou que foi para a mesa de cirurgia sem passar por exames.

— Acho que eu fui sedada, acho que não foi hidrolipo. Não passei por exames, nem de sangue.

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Clínica fechada

No último dia 9, a clínica foi fechada pela polícia. No momento da abordagem, três clientes realizavam procedimentos cirúrgicos no local. As mulheres estavam sob efeito de medicamentos e foram levadas pelo Corpo de Bombeiros para hospitais da região.

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O médico cirurgião Willian Toussaint Bonhôte, de 80 anos, e a dona da clínica, Cássia Santos Lima, de 47, foram presos em flagrante. 

O titular da delegacia de Campo Grande (35ª DP), Hilton Alonso, disse que a dupla pode pegar uma pena de até 15 anos de prisão.

— O médico e a dona da clínica, a Cássia, foram autuados em flagrante pelo artigo 273, parágrafo primeiro, b, que é um crime previsto no código penal, um crime hediondo, com pena de reclusão de 10 a 15 anos devido a gravidade dos acontecimentos que estavam ocorrendo naquele local.

Antes da prisão, produtores da Rede Record flagraram, com uma câmera escondida, a proprietária do estabelecimento oferecendo serviços e informando preços para os clientes. 

A clínica apresentava boa aparência e tinha aparelhos novos. Porém, o local não tinha um CTI (Centro de Tratamento Instensivo) para casos de emergência. Além disso, a clínica funcionava de forma improvisada.

A Agente da Vigilância Sanitária, Danielle Branco Perpétuo, disse que o local oferecia risco aos clientes.

— Na verdade, essa clínica é uma clínica clandestina, não tem licenciamento sanitário, e nós encontramos procedimentos sendo feitos em local insalubre, sem preparo, que pode levar pacientes a óbito.

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