O secretário executivo Coordenação de Governo da Prefeitura do Rio de Janeiro, Pedro Paulo, afirmou nesta quinta-feira (12), após revelação de que sua ex-mulher registrou na polícia em 2008 queixa de agressão por parte dele(a outra ocorreu em 2010), que o episódio se deu durante uma briga que pode acontecer com qualquer casal.
— Quem não tem uma briga dentro de casa, não se descontrola, não exagera numa discussão? Somos um casal como qualquer outro, às vezes exagera. Quem não tem isso, essas discussões?
Durante entrevista à imprensa na tarde de hoje, a declaração foi comparada ao que disse, em março de 2010, o então goleiro do Flamengo Bruno ao comentar confusão envolvendo o jogador Adriano e sua ex na favela da Chatuba. "Quem nunca brigou ou até saiu na mão com a mulher?", disse Bruno na ocasião. O secretário reagiu dizendo que não aceita qualquer comparação do tipo.
Antes de ter sido agredida pelo secretário em 2010, Alexandra Marcondes Carvalho registrou queixa de agressão em 2008, em São Paulo. De acordo com a coluna Expresso da revista Época, o registro aponta que Pedro Paulo teria agredido a então esposa com “socos em seu corpo e rosto”. O caso teria ocorrido no dia 26 de dezembro daquele ano, e, segundo o registro, a agressão e xingamentos teriam acontecido dentro do carro, na frente da filha do casal. A queixa foi feita na delegacia de Cidade Ademar (43ª DP), na capital paulista, e registrada como lesão corporal.
Ele chegou à coletiva desta quinta de mãos dadas com a atual mulher e concedeu a entrevista ao lado da ex. Em menos de dois minutos de fala, Pedro Paulo, que é pré-candidato do PMDB à prefeitura, ficou com a voz embarga e quase chorou. Alexandra disse que o casal se descontrolou por duas vezes e que isso é página virada.
— O Pedro Paulo nunca foi agressivo. Tivemos duas discussões. Vocês transformaram a nossa vida num inferno. Foi um episódio onde eu perdi a cabeça e ele também.
Questionada se havia quebrado um dente durante a briga de 2010, ela se recusou a responder dizendo apenas que não entraria em detalhes. A entrevista foi encerrada pouco depois de a ex-mulher ser questionada se a amante, pivô da briga que resultou nas agressões, seria um travesti.
— Quando vi na câmera do elevador, era uma mulher, mas parecia um travesti. Mas é claro que era mulher.
Colaborou Diana Rocha, repórter da Record Rio