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Responsáveis por parque de diversões em que criança morreu responderão por homicídio, diz delegado

Funcionários indicaram que parque operava de forma itinerante para driblar legislação

Rio de Janeiro|Do R7

Samuel Goulart, de seis anos, morreu eletrocutado em parque de diversões itinerante montado no Alemão
Samuel Goulart, de seis anos, morreu eletrocutado em parque de diversões itinerante montado no Alemão Samuel Goulart, de seis anos, morreu eletrocutado em parque de diversões itinerante montado no Alemão

Os responsáveis pelo parque de diversões em que um menino de seis anos morreu eletrocutado e outra criança ficou ferida na noite de domingo (8) serão indiciados por homicídio culposo (sem intenção) e lesão corporal culposa, segundo informou nesta segunda-feira (9) o delegado Roberto Ramos, do 44º DP (Inhaúma).

Funcionários do parque indicaram em depoimentos ao delegado que o parque operava de forma itinerante com o intuito de driblar a legislação. O parque estava montado no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro. Ramos afirmou que os donos foram intimados e que a responsabilidade de cada um — incluindo proprietários e eventual gerente — está sob investigação.

O delegado também quer saber por que apenas parte dos brinquedos estava em funcionamento, enquanto outras atrações estavam em processo de montagem.

O parque de diversões não tinha alvará para funcionar. De acordo com a Seop (Secretaria Municipal de Ordem Pública), o parque não tinha autorização da prefeitura para operação. O Corpo de Bombeiros também informou que o local não tinha documento de regularidade da corporação e também não há registro de pedido de adequação do espaço.

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A mãe de Samuel Goulart contou, em entrevista à Rede Record, que tentou tirar o filho da escada onde estava levando o choque, mas só conseguiu na segunda tentativa. A criança estava na fila para entrar em um brinquedo quando, ao subir a escada, segurou no corrimão e levou uma descarga elétrica.

— Ele tomou um choque na escadinha e praticamente caiu morto. Eu tentei pegar ele e aí tomei um choque, mas, na segunda tentativa, eu consegui tirar. Aí, ele caiu. A gente leva o filho para o parque para brincar e a gente começa a se sentir culpada, mas a gente acaba levando o filho para a morte. Não quero que aconteça com outras crianças o que aconteceu com ele.

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A Polícia Civil terminou a perícia por volta de 12h desta segunda. Segundo o advogado do parque, Hugo Novais, a empresa está disposta a colaborar com as investigações.

— A empresa se coloca integramente à disposição. Obviamente, já fez o lacre de todos os brinquedos, determinando que ninguém retirasse. A empresa se solidariza com esse evento danoso e se coloca à disposição para sanar qualquer prejuízo emocional sofrido.

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