Os dois homens presos no sábado (9) sob suspeita de participação no ataque ao Fórum de Bangu, em 31 de outubro, quando morreram o menino Kayo da Silva Costa, de oito anos e o policial militar Alexandre Rodrigues Oliveira, não teriam participado dos crimes, segundo a Polícia Civil.
Agentes da Divisão de Homicídios (DH) ouviram os dois suspeitos, Paulo Roberto Pinho Brandão e Marlício Douglas da Silva, mas os depoimentos não apontaram para a participação deles na tentativa criminosa de libertar Vanderlan Ramos da Silva, o Chocolate, e Alexandre Bandeira de Melo, o Piolho, que participavam de uma audiência no Fórum de Bangu.
De acordo com o delegado Renato dos Santos, da 54ª DP, os dois foram presos em Belford Roxo, na comunidade do Guache, e estavam com um fuzil calibre 556, 668 invólucros de cocaína, 36 sacolés de maconha e 23 de crack.
Entenda o caso
Kayo voltava da escolinha de futebol quando foi baleado no meio da rua. A familia dele contou que estava preparando uma surpresa para o garoto. Ele tinha escrito uma cartinha para o Papai Noel, pedindo como presente de Natal uma chuteira de modelo igual ao do jogador Neymar. O sonho do garoto era ser um grande craque de futebol.
Os suspeitos participaram da tentativa de resgate dos réus Vanderlan Ramos da Silva, o Chocolate, e Alexandre Bandeira de Melo, o Piolho, que participavam de uma audiência, no Fórum de Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, no dia 31 de outubro deste ano.
Segundo a polícia, resgate dos dois réus foi ordenado por Leandro Nunes Botelho, o Scooby, ex-chefe do tráfico de drogas no morro dos Macacos, em Vila Isabel, zona norte. Ele ainda não foi encontrado. O Disque-Denúncia aumentou de R$ 2.000 para R$ 5.000 a recompensa por pistas que levem ao suspeito.