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Tiro causou morte de mulher arrastada por carro da PM no Rio, aponta perícia

PMs vão prestar depoimento sobre o caso nesta quarta-feira

Rio de Janeiro|Do R7, com Agência Brasil

Cláudia Ferreira foi arrastada por viatura da PM por mais de 300 m
Cláudia Ferreira foi arrastada por viatura da PM por mais de 300 m Cláudia Ferreira foi arrastada por viatura da PM por mais de 300 m

Laudo preliminar do IML (Instituto Médico-Legal) aponta que a auxiliar de serviços gerais Cláudia da Silva Ferreira morreu em consequência de um dos dois tiros que recebeu durante ação policial no Morro da Congonha, em Madureira, no zona norte da cidade, na manhã do último domingo (16).

O laudo oficial com o atestado de óbito divulgado pela Polícia Civil confirma que a mulher já chegou ao hospital sem vida em razão da "laceração cardíaca e pulmonar de ferimento transfixante do tórax por ação perfurocortante". Depois de ter sido baleada, Cláudia foi colocada por policiais militares no porta-malas de uma viatura, que se abriu no trajeto até o Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, zona norte. Presa ao porta-malas, ela foi arrastada por mais de 300 m. O IML fará perícias complementares no corpo da auxiliar de serviços gerais.

Em entrevista nesta terça-feira (18), o governador Sérgio Cabral disse que os três policiais do 9º Batalhão da Polícia Militar, localizado em Rocha Miranda, também na zona norte da cidade, agiram “de forma repugnante, desumana e vão responder criminalmente pela barbárie cometida”.

O governador afirmou que a atitude dos policiais vai de encontro aos princípios básicos que devem nortear o comportamento da polícia, por isso eles não ficarão impunes.

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— O que nós vimos ali foi uma atitude completamente desumana: do atendimento à forma como ela foi colocada na viatura. A barbaridade da queda – enfim uma cena completamente abominável. E eles vão responder por isso. Não haverá impunidade. Eles já estão presos e vão responder por essa barbaridade.

Os três policiais militares acusados de arrastar o corpo da auxiliar de serviços gerais foram convocados a prestar depoimento na 29ª DP (Madureira). Eles serão ouvidos na quarta-feira (19) pelo delegado titular, Carlos Henrique Machado, que cancelou as férias para cuidar do caso. Os depoimentos foram marcados para as 15h, mas podem ocorrer antes ou depois desse horário.

Os policiais estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, no presídio de Bangu 8. O chefe de investigação da 29ª DP, Claudio Raiol, pede que testemunhas que presenciaram o crime venham até a delegacia depor. Segundo ele, parentes da vítima foram convocados a depor, mas não compareceram.

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