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Vestidos de preto, manifestantes caminham até o Parque Madureira em repúdio à morte de 5 jovens fuzilados

“Ato Contra o Genocídio da Juventude Negra” teve como destino o Parque Madureira

Rio de Janeiro|Do R7

Protesto contra morte de jovens negros reuniu centenas de manifestantes na zona norte do Rio de Janeiro
Protesto contra morte de jovens negros reuniu centenas de manifestantes na zona norte do Rio de Janeiro

Centenas de jovens foram às ruas da zona norte do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (3) em protesto após a morte de cinco jovens negros no último sábado (30). O grupo caminho com cartazes em repúdio à ação de quatro policiais militares que fuzilaram o carro em que os rapazes estavam em Costa Barros, também na zona norte.

Vestidos de preto, participantes do “Ato Contra o Genocídio da Juventude Negra” saíram do viaduto Negrão de Lima em direção ao Parque Madureira, o mesmo onde os cinco meninos fizeram o último passeio antes de serem mortos. 

De acordo com os autos processuais, os jovens tinham feito um passeio no parque e, em seguida, resolveram sair para lanchar quando foram surpreendidos pelos tiros disparados por PMs na estrada João Paulo.

Wilton Esteves Domingos Júnior, de 20 anos, Wesley Castro Rodrigues, de 25 anos, Cleiton Corrêa de Souza, de 18 anos, Carlos Eduardo da Silva de Souza, de 16 anos, e Roberto de Souza Penha, de 16 anos, foram mortos após terem o carro fuzilado próximo ao Complexo da Pedreira.


Investigações

O motorista do caminhão saqueado na noite do crime prestou hoje depoimento à polícia. Investigadores querem esclarecer como os quatro PMs chegaram aos jovens assassinados


Segundo versão preliminar dos PMs presos preventivamente, eles teriam trocado tiros com supostos criminosos envolvidos no roubo desse caminhão. O funcionário da empresa Ambev contou à Delegacia de Roubos e Furtos de Carga que os policiais o escoltaram após a carga do caminhão ser saqueada e retornaram para os arredores da Pedreira.

Na quarta-feira (2), a Polícia Civil realizou perícia complementar no carro onde os cinco jovens foram fuzilados. Segundo a delegacia da Pavuna (39ª DP), o laudo deve sair entre 15 e 30 dias. Sobre a primeira perícia, realizada logo após o crime, ainda não há previsão de quando o laudo deve sair.


Os peritos querem confirmar quantos tiros atingiram o veículo em que os rapazes estavam, além de comprovar laudo do Instituto Médico Legal de que as vítimas foram alvejadas pelas costas.

Não foi encontrada nenhuma cápsula deflagrada dentro do veículo, o que comprova que os jovens estavam desarmados.

Na terça-feira (1º), o juiz do Plantão Judiciário Sandro Pitthan Espíndola mudou para preventiva a prisão em flagrante dos quatro policiais militares suspeitos de matar os cinco jovens próximo ao Morro da Lagartixa no último sábado (5).

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