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“A gente não tem que recuar”, diz manifestante ao chegar ao segundo dia de ato contra passagem

Estudantes disseram que estão mais fortes após ato desta quinta, que acabou com presos

São Paulo|Fernando Mellis, do R7

Estudantes se concentram para o segundo dia de manifestação
Estudantes se concentram para o segundo dia de manifestação Estudantes se concentram para o segundo dia de manifestação

Com policiamento posicionado em todo o largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, manifestantes do Movimento Passe Livre e simpatizantes começaram a se reunir por volta das 17h desta sexta-feira (7). Após ato desta quinta-feira (6), que acabou em confronto com a PM e 15 presos, eles disseram que estão mais fortes.

Mayara Vivian, que vestia uma camiseta com o desenho de uma catraca em chamas e tinha um megafone na mão, garantiu que os protestos serão incisivos.

— Acho que a gente tem vários exemplos históricos. As pessoas que persistem em lutar, mesmo com a repressão, são vitoriosas e têm certeza daquilo que acreditam. A gente não tem que recuar. Todas as mudanças que a gente teve para melhor, a sociedade passou por lutas sangrentas, a exemplo da ditadura militar.

Destruição

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Nesta quinta-feira (6), o protesto contra a nova tarifa — que ficou em R$ 3,20 —acabou em confronto com a Polícia Militar e 15 detidos. A polícia informou também que, durante a manifestação, houve depredação do terminal Bandeira e de alguns ônibus, da área externa do Masp (Museu de Arte de São Paulo) e de estações do metrô.

Segundo Mayara, a manifestação não previa "de forma alguma" qualquer tipo de vandalismo como o que foi feito.

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— A gente acredita, sim, em fechar ruas para abrir caminhos. Infelizmente, só impedindo a circulação nessa cidade é que a gente consegue pautar alguma coisa. Agora, quebrar tudo do jeito que foi...Infelizmente, as pessoas têm grau de revolta tão grande que a gente não consegue prever. Na perspectiva do movimento, não existe essa ideia de vandalismo gratuito.

Silvia Murgel, estudante, também estava presente no ato. Questionada se estava assustada com a violência policial, ela disse que "ninguém tem que ter medo da polícia".

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— Eu não sei se intimida ou se dá mais força. Ninguém vai se calar porque a polícia está agredindo. Acho que não temos mais medo.

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou em nota que, caso haja uma nova manifestação contra o aumento da tarifa nesta sexta-feira, um plano operacional de contingência para situações emergenciais será implantado.

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