Alshop se posiciona e diz ser favorável a liminares que barram "rolezinhos" em shoppings
Para entidade, os encontros assustam clientes e, consequentemente, prejudicam as vendas
São Paulo|Do R7
A Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) se manifestou na tarde desta sexta-feira (17) favorável as liminares concedidas aos shoppings para controlar e impedir os “rolezinhos”. Organizados pelas redes sociais, os encontros têm reunido centenas de jovens em shoppings e estão se espalhando pelo País. Em alguns casos, foram relatados furtos e participantes chegaram a ser detidos.
Em nota, a associação alegou acreditar que os “rolezinhos” “assustam clientes e, consequentemente, prejudicam as vendas”. A entidade lembrou que “o setor de Shopping Center gera mais de 1,5 milhão de empregos diretos no Brasil e as manifestações, que estão ocorrendo desde o final do ano passado, para chamar a atenção das autoridades estão prejudicando consumidores, funcionários e lojistas”.
A Alshop se disse a favor da "criação de espaços públicos ou disponibilidade em espaços existentes para que atividades sociais e culturais possam ser realizadas de forma segura e sem prejuízo aos outros cidadãos”.
Informou ainda que o presidente da associação, Nabil Sahyoun, entende que a “prefeitura de São Paulo possui espaços públicos pouco utilizados na cidade para que esses jovens possam se manifestar de maneira pacífica". Acrescentou que esses empreendimentos devem ser protegidos, "pois circulam milhares de pessoas nos shoppings diariamente, respeitando o direito de ir e vir da nossa população”.
Finalmente, enfatizou que a entidade “está ao lado da lei e apoia os shoppings e lojistas”. A Alshop representa cerca de 107,1 mil lojistas dos 828 shopping centers instalados no País.
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Nesta semana, a ABRASCE (Associação Brasileira de Shoppings Centers) também se posicionou e informou que estão sendo discutidas medidas preventivas, como monitoramento de redes sociais como forma de avaliar o que pode vir a ser o "rolezinho" e a partir disto, definir as ações que serão tomadas.
A assessoria da ABRASCE rechaçou qualquer tipo de discriminação ou segregação, ressaltando que o shopping é um espaço privado, mas ao mesmo tempo público. Afirmou que a associação não era contrária aos encontros, mas pontuou que atos que envolvem grande aglomeração de pessoas, independentemente da classe social delas, costumam assustar.