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Shoppings vão monitorar redes sociais para evitar tumulto em "rolezinhos"

ABRASCE afirma que não é contrária aos encontros, desde que ocorram sem confusão

São Paulo|Do R7

Rolezinho no shopping Itaquera reuniu 3.000 jovens no sábado (11)
Rolezinho no shopping Itaquera reuniu 3.000 jovens no sábado (11)

O monitoramento de redes sociais será uma das medidas preventivas adotadas por shoppings para evitar tumulto e violência durante os “rolezinhos”, segundo a assessoria de imprensa da ABRASCE (Associação Brasileira de Shoppings Centers). A entidade realizou nesta quarta-feira (15), em São Paulo, uma reunião para discutir o tema.

Organizados e promovidos pela internet, os “rolezinhos” costumam reunir um grande número de jovens em shoppings e têm se espalhado pelo País. Há casos de centros de compras que conseguiram liminar na Justiça para vetar a realização dos eventos. Alguns dos encontros terminaram em confusão,como o ocorrido no Shopping Itaquera, na zona leste, no último sábado (11). Segundo a PM, foi preciso usar balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar o grupo. O estabelecimento diz que recebeu cerca de 3.000 participantes.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, manifestou-se nesta quarta-feira sobre o assunto. No entendimento dele, o “rolezinho” não pode ser considerado crime, mas um fenômeno cultural. Por esta razão, não deve ser tratado como caso de polícia.

De acordo com a assessoria de imprensa da ABRASCE, inicialmente, o monitoramento das redes sociais será uma forma de avaliar o que pode vir a ser o evento e a partir disto, definir as ações que serão tomadas. O objetivo, informa a assessoria, é manter a ordem e prevenir prejuízos aos centros comerciais e aos frequentadores. Uma das preocupações é preservar a imagem de que o shopping é um lugar seguro. Cada estabelecimento adotará sua própria estratégia de monitoramento.


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A assessoria destaca que a ABRASCE rechaça qualquer tipo de discriminação ou segregação. Enfatiza ainda que o shopping é um espaço privado, mas ao mesmo tempo público. Afirma que a associação não é contrária ao “rolezinho”, mas pontua que atos que envolvem grande aglomeração de pessoas, independentemente da classe social delas, costumam assustar.


Acrescenta que se os “rolezinhos” acontecerem de maneira pacífica, sem tumulto, não há qualquer atitude a ser tomada.

Durante a reunião, nenhuma decisão central foi tirada. Segundo a assessoria, cada estabelecimento tem autonomia para definir as diretrizes e as estratégias que pretende adotar. O encontro serviu ainda para troca de experiências entre os associados.

Nesta quinta-feira (16), está programada uma reunião da ABRASCE em Porto Alegre (RS) também sobre os “rolezinhos”. Na sexta-feira (17), a reunião acontece no Rio de Janeiro.

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