Amigo de Marcelo Pesseghini chorou durante todo o depoimento à polícia
Estudante do colégio Stella Rodrigues foi ouvido na última terça-feira (20)
São Paulo|Do R7, com Fátima Souza, da Rede Record
Um colega de escola de Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, suspeito de ter matado a família no dia 5, chorou durante todo o depoimento à polícia. Uma fonte que ouviu o relato de dois estudantes na última terça-feira (20) disse ter ficado “arrepiada com o depoimento dos dois garotos”.
Os dois garotos estudavam com Marcelo no colégio Stella Rodrigues, na zona norte. Segundo a polícia, eles contaram histórias do menino que derrubam a imagem de garoto dócil, passada por familiares e pela própria diretora da escola.
Os garotos contaram que o adolescente confessou, quando foi à escola pela última vez, no dia 5 deste mês, que tinha assassinado a família. Eles disseram que não acreditaram e pensaram se tratar de uma brincadeira de “matar os pais” que Marcelo teria levado a sério.
Os colegas, segundo a polícia, foram os mesmos vistos saindo com Marcelo da escola no dia em que os corpos foram encontrados.
O caso
No fim da tarde de 5 de agosto, cinco corpos foram encontrados na casa da família Pesseghini, na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo. As vítimas eram o pai de Marcelo, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini; a mãe dele, a policial militar Andréia Regina Bovo Pesseghini; a avó, Benedita Oliveira Bovo; e a tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, além de Marcelo Eduardo. Todos tinham sido baleados na cabeça.
Colega de Marcelo diz que menino queria matar diretora de escola
Já no dia 5, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) afirmou que o principal suspeito era Marcelo. Ele teria planejado as mortes, influenciado, possivelmente, por um jogo de videogame. Para o psiquiatra Guido Palomba, que acompanha o caso a pedido da Polícia Civil, a única explicação é que o garoto tenha sofrido um surto psicótico.