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Ao propor cancelamento de Carnaval devido à seca, vereador fala em “choque de realidade”

Para Gilberto Natalini (PV), objetivo é conscientizar paulistanos da gravidade da crise hídrica

São Paulo|Fernando Mellis, do R7

Sistema Cantareira opera nesta sexta-feira com 5,3% da capacidade
Sistema Cantareira opera nesta sexta-feira com 5,3% da capacidade Sistema Cantareira opera nesta sexta-feira com 5,3% da capacidade

Uma medida impopular. É assim que o vereador paulistano Gilberto Natalini (PV) classifica a sugestão que ele enviou ao prefeito da capital e ao governador do Estado para que sejam cancelados os eventos do Carnaval deste ano. O motivo é a grave crise hídrica que atinge, principalmente, a região metropolitana de São Paulo.

— É até uma medida educativa, é um choque de realidade para uma condição de pré-colapso que as pessoas não estão levando em conta. Eu sei que eu posso perder voto com isso. Os meus votos diante da calamidade pública têm uma importância muito menor. Eu estou fazendo o meu papel de homem público, que tem que ter coragem. O que os homens públicos estão fazendo é empurrar com a barriga um colapso que vai acontecer daqui a pouco.

Os ofícios foram encaminhados ontem. Até esta sexta-feira (23) às 11h, Natalini disse não ter recebido resposta do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do prefeito Fernando Haddad (PT).

Para o vereador, a justificativa de que cancelar as festividades não vai trazer mais prejuízo econômico do que uma escassez de água é generalizada.

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— Falam que vai dar problema na economia da cidade, porque São Paulo vive de eventos. E se não tiver água? Já tem restaurante que não está funcionado. Os problemas econômicos já estão existindo.

Sobre o impacto disso nas agremiações, o vereador diz que o objetivo não é prejudicar o Carnaval paulistano.

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— Eu acho que as escolas de samba terão prejuízo, é claro. Mas se o prefeito e o governador forem fazer isso, eles têm que ver uma forma para não falir as escolas de samba. Eu não estou falando para suspender o Carnaval para sempre.

Procurada, a Prefeitura de São Paulo diz que não recebeu o ofício. O Executivo municipal ainda diz que a administração da crise cabe ao governo do Estado, Sabesp e Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo).

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