A greve dos agentes penitenciários foi mantida depois de uma decisão unânime de onze assembleias simultâneas realizada em todo o estado de São Paulo, segundo informou o assessor de imprensa do Sindasp (Sindicato dos Agentes Penitenciários de São Paulo), Carlos Vítolo.
Ainda segundo o assessor não existe nenhum tipo de protesto organizado pela classe fora das imediações dos presídios.
— A forma de protesto é continuar em greve.
Para evitar tumulto com a Polícia Militar, como aconteceu nesta quinta-feira (20), nos Centros de Detenção de Belém e Pinheiros e principalmente no presídio de Hortolândia, onde os agentes entraram em confronto com policiais militares, os sindicatos que organizam a greve orientaram os agentes a entregarem as chaves das carceragens para os diretores das unidades prisionais e saírem do local.
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O comitê organizador da greve informou também que as visitas serão realizadas normalmente neste fim de semana. Os agentes continuam trabalhando, mas apenas os serviços de alimentação, assistência de saúde e banho de sol para os presos são realizados. Os outros trabalhos estão paralisados.
A principal reivindicação dos agentes penitenciários é de melhores condições de trabalho. Só no complexo Belém II são mais de 2.500 presos, sendo que a capacidade normal do presídio é de 844. De acordo com um agente penitenciário que aderiu a greve, é necessário um reajuste.
— Não temos condições de trabalho e não recebemos para isso. Segundo informações obtidas por agentes que estão na unidade prisional do Belém, há previsão de chegada de 60 presos até o fim da manhã desta sexta-feira (21) no centro de detenção.