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Após seis meses, polícia considera caso Pesseghini esclarecido e aguarda parecer da Justiça

Inquérito encaminhado ao Fórum do TJ-SP aponta que filho de casal de PMs foi o autor

São Paulo|Thiago de Araújo, do R7

Para polícia, Marcelo Pesseghini matou os pais em agosto de 2013
Para polícia, Marcelo Pesseghini matou os pais em agosto de 2013 Para polícia, Marcelo Pesseghini matou os pais em agosto de 2013

O delegado Itagiba Vieira Franco, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), considera esclarecida a chacina da família Pesseghini, ocorrida no começo de agosto do ano passado na Vila Brasilândia, na zona norte de São Paulo. A declaração foi prestada ao R7 no mesmo dia em que o caso completa seis meses. O eventual arquivamento depende apenas do trâmite judicial.

Segundo o delegado, o inquérito policial foi concluído no fim do ano passado e acabou encaminhado ao Fórum Criminal do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). A conclusão policial segue a mesma linha adotada já no dia seguinte à chacina: que Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos, matou os pais - a cabo da Polícia Militar Andréia Bovo Pesseghini e o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Luiz Marcelo Pesseghini -, a avó, Benedita Oliveira Bovo, e a tia-avó Bernardete Oliveira da Silva. Horas depois, o jovem se suicidou.

A investigação só não é dada como concluída em razão de dois pedidos de quebra de sigilos telefônicos ainda a serem cumpridos, das operadoras Tim e Vivo. Tais dados serão anexados ao inquérito, mas Franco não vê a possibilidade de que eles tragam alguma mudança substancial na linha de investigação adotada pela polícia.

— Realmente estava demorando (a quebra dos sigilos). Então estamos aguardando voltar (o inquérito) para ver se foi cumprida aquela providência e encerrar o caso.

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O juiz Paulo de Abreu Lorenzino, da 2ª Vara do Júri de São Paulo, está de posse do inquérito e ainda não o despachou ao MP (Ministério Público), que fará a análise do trabalho policial antes de se pronunciar. A Promotoria pode solicitar informações adicionais e pedir mais diligências, o que o delegado Itagiba Franco disse que será cumprido, se solicitado. Como, com base nas investigações, o autor dos crimes tirou a própria vida, ninguém deve ser denunciado e o caso, consequentemente, será arquivado.

— Vamos analisar isso aí. Mas a linha (de investigação) continua a mesma. No nosso entender, não há mais nada a ser feito. O Ministério Público vai analisar se tem alguma diligência, alguma pessoa para ser ouvida. Aí o inquérito retorna, toma-se a devida providência e volta para eles.

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Os laudos periciais e os quase 50 depoimentos levaram os investigadores do DHPP a não terem dúvidas quanto ao autor dos assassinatos. Além disso, um relatório psiquiátrico produzido pelo especialista forense Guido Palomba também apontou Marcelo Pesseghini como o autor. Segundo o documento do psiquiatra, o que fez o menino de 13 anos matar a família toda e se suicidar é conhecido na medicina psiquiátrica como encefalopatia encapsulada ou sistematizada, doença causada por falta de oxigenação do cérebro.

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