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Ativista comemora condenação de mulher que matou 37 animais:"Agora temos que vê-la atrás das grades"

Dalva Lina da Silva foi sentenciada a 12 anos de prisão por maus-tratos e pela morte dos bichos

São Paulo|Do R7

Bichos foram encontrados mortos dentro de sacos de lixo
Bichos foram encontrados mortos dentro de sacos de lixo Bichos foram encontrados mortos dentro de sacos de lixo

condenação de Dalva Lina da Silva a 12 anos de prisão por maus-tratos e pela morte de 33 gatos e de quatro cachorros foi comemorada pela protetora de animais Raquel Rignani, uma das primeiras a denunciar Dalva. Em entrevista ao R7, Raquel contou que em 2008 desconfiou do comportamento da mulher, que era conhecida por receber, abrigar e encaminhar para a adoção cães e gatos abandonados na cidade de São Paulo.

— Sou protetora independente e, quando tenho muitos animais, peço auxílio. Pergunto pela internet quem pode ajudar ficando com alguns [até a adoção]. Ela falou que ficaria. Eu resgatei e levei um gato. Falei: “Se eu arrumar um adotante, amanhã eu volto”. No dia seguinte, resgatei outro gato e pedi o primeiro que havia deixado. Ela falou que já tinha doado. Então, eu disse: “Você não doou o gato. Ninguém doa um gato do dia para outro”.

Intrigada com aquela situação, Raquel começou, por conta própria, a levantar mais informações. Chegou a montar campana na porta da casa da mulher.

— Fiquei de campanha umas cinco, seis vezes. Via os gatos entrarem, mas nunca saírem. Avisei a todos os protetores para não mandar gato nem cachorro para ela.

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Outros ativistas da área acabaram sendo mobilizados e um detetive particular foi contratado para investigar o caso. Segundo informações da Justiça, o profissional permaneceu por cerca de 20 dias observando a movimentação na casa da mulher e constatou que os amimais recebidos por Dalva permaneciam no imóvel. Certo dia, ele a viu sair com cinco sacos de lixo e colocar o material em frente à casa vizinha. Ao abrir os sacos, descobriu os 33 gatos e quatro cachorros mortos.

De acordo com a sentença dada pela juíza Patrícia Álvarez Cruz, “os cadáveres apresentavam lesões perfurantes”. Ainda conforme o texto, o “laudo toxicológico constatou que os animais foram medicados com fármaco de uso controlado, que não garantia a analgesia, sendo posteriormente mortos por ação de múltiplas perfurações dos grandes vasos e do coração, que culminou com a morte por choque circulatório, de acordo com o relatório de necropsia”.

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Na fase policial, Dalva chegou a argumentar que sacrificou alguns animais com o uso de injeções contendo analgésicos porque eles estariam "em fase terminal", mesmo sem ter formação acadêmica para fazer essa avaliação. Entretanto, segundo a sentença, nenhum deles "estava em situação que recomendasse ou autorizasse o sacrifício". Quando interrogada em juízo, ela negou a prática dos crimes.

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Raquel Rignani considera a decretação da prisão de Dalva por maus-tratos e pela morte dos animais, algo até então inédito no País, um marco.

— Para nós, é a primeira luta ganha para colocar um assassino na cadeia. Significa muito, não só para mim, mas para todos que gostam de bicho. Agora temos que vê-la atrás das grades [...] Isso foi um marco. É muito importante termos conseguido essa vitória. Só conseguimos por causa da união dos protetores de animais.

Assista ao vídeo: 

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