O estudante, Alex Siwek, de 22 anos, suspeito de ter atropelado o jovem David Santos Souza na avenida Paulista foi transferido na noite desta quinta-feira (14) para a Penitenciária de Tremembé, interior de São Paulo. No acidente, que aconteceu no último domingo (10), o ciclista teve o braço decepado. A cadeia de Tremembé é conhecida por abrigar presos envolvidos em casos de grande repercussão, como Suzane Richtofen (condenada pela morte dos pais); Elize Matsunaga, responde pela morte do marido; Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, condenados por matar Isabella Nardoni. Siwek foi preso e teve a fiança negada após prestar depoimento no 78º Distrito Policial, em São Paulo. A defesa dele já entrou com um pedido de habeas corpus, que deve ser julgado nos próximos dias.Cirurgia Internado no Hospital das Clínicas, o ciclista passou por uma cirurgia nesta sexta-feira (15) reparar uma fratura no dedo e no pulso da mão esquerda. A primeira operação foi no braço amputado e ocorreu no domingo (10), logo após o acidente. Siwek fugiu do local sem prestar assistência ao ciclista e, em seguida, jogou o seu braço arrancado em um córrego na avenida Ricardo Jafet, zona sul da capital paulista.Dolo e conflito de competência Na terça-feira (12), o juiz da 1ª Vara do Júri de São Paulo, Alberto Anderson Filho, entendeu que Siwek não deve responder por tentativa de homicídio, mas sim por lesão corporal. Com isso, o caso sai da alçada do Tribunal do Júri, cuja competência trata de flagrantes, e é encaminhado à Vara Criminal, que trata de crimes no trânsito, por exemplo. O advogado explica que, agora, cabe ao MP (Ministério Público) de São Paulo definir se reapresenta a denúncia ou recorre ao Tribunal de Justiça. Procurado pelo R7, o MP (Ministério Público) disse que a promotora de justiça substituta do 1º Tribunal do Júri, Dra. Manoella Guz, vai entrar com mandado de segurança — ou seja, recorrer da decisão.Médica que atendeu ciclista pede justiça nas redes sociaisMotorista que atropelou ciclista na avenida Paulista fazia ziguezaque, diz delegado O advogado de defesa da família da vítima, Ademar Gomes, diz que a acusação insiste para que o caso seja julgado pelo Tribunal do Júri não pela possibilidade de prisão preventiva, mas sim porque entende que houve dolo (crime contra a vida), uma vez que o motorista estava embriagado e em alta velocidade ziguezagueando na via. Se a Vara Criminal interpretar que houve intenção de matar por parte do acusado, o caso de Souza cai em um conflito de competência, no qual a Justiça teria dificultades de definir qual competência julgará o caso.Assista ao vídeo: