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Batucada e leitura de manifesto marcam início de ato contra Copa

Efetivo da PM acompanha protesto que segue pelo centro da capital paulista

São Paulo|Tiago Alcântara, do R7

Manifestantes iniciaram ato no vão livre do Masp, na avenida Paulista, em São Paulo
Manifestantes iniciaram ato no vão livre do Masp, na avenida Paulista, em São Paulo

O protesto contra a realização da Copa do Mundo no País, que acontece neste sábado (25), chegou aos arredores da Prefeitura de São Paulo e do Teatro Municipal. O clima seguia pacífico ao longo de todo o ato, apesar da tensão entre manifestantes e policiais militares, até que a ação de black blocs desencadeou um confronto na rua Barão de Itapetininga.

Um grupo estimado em 700 pessoas se reuniu no vão livre do Masp por volta das 17h. Eles seguiram pela avenida Paulista, no centro da capital, em direção ao Paraíso. Em seguida, os manifestantes viraram na avenida Brigadeiro Luis Antonio, no sentido centro. O trânsito nas duas vias chegou a ser bloqueado e teve de ser desviado para ruas paralelas pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

Antes da caminhada, os manifestantes começaram o ato com a leitura de um manifesto contra o Mundial de futebol, que acontece em julho em 12 cidades brasileiras. De acordo com o estudante Felipe Aguiar, de 21 anos, integrante do coletivo Construção, o evento da Fifa atende apenas ao interesse de “empresários em crise”.

— Estamos aqui para criticar o investimento na Copa porque empresários que estão em crise vão usar dinheiro público para sair dessa crise. Queremos que o dinheiro público seja gasto com saúde, educação, moradia e transporte público.


Fotos: manifestantes realizam protesto contra a Copa em SP

Manifestantes já ocupam o vão livre do Masp em protesto contra a Copa do Mundo


O efetivo da Polícia Militar foi reforçado para acompanhar a manifestação, contando com 2.000 homens, de acordo com a corporação. Os agentes foram espalhados por vários trechos da região da avenida Paulista e seguiram fazendo o acompanhamento da movimentação, com PMs formando um corredor para a caminhada dos manifestantes. Ao longo do caminho, comerciantes fecharam as portas de seus estabelecimentos.

O advogado Alexandre Morgado, do integrante dos grupos GAPP (Grupo de Apoio a Protestos Populares) e Advogados Ativistas, estimou em 3.000 pessoas participaram do protesto já a partir da Paulista. Ele reclamou da postura da PM, que não cumpriu um acordo prévio feito com os manifestantes.


— A polícia nos disse que teriam pelo menos duas ambulâncias aqui, mas não há nenhuma.

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A manifestação contou com uma maioria de jovens – alguns deles que estavam acampados desde a madrugada deste sábado no vão livre do Masp – e também teve a presença dos chamados black blocs (cerca de 40, segundo a PM). Além do trânsito de veículos, a circulação de ônibus também teve de ser alterada na região central da cidade, conforme informou a SPTrans.

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