O delegado José Henrique Ventura, responsável pela investigação sobre o cantor Hudson, preso na noite desta quarta-feira (20) por posse ilegal de armas, afirmou que o sertanejo está “bastante abatido", mas não chorou. Ele está preso na Delegacia Seccional de Limeira, a 140 km de São Paulo, onde deverá ficar por 24 horas.
Dentro da casa do cantor foram encontradas 28 munições de calibre 45. Os projéteis são exclusivos das Forças Armadas, diz a polícia. O crime é inafiançável e prevê pena de três a seis anos de prisão, além de multa.
Em depoimento à polícia, Hudson afirmou que ganhou a munição de um amigo, que é militar.
— Nós temos o fato concreto. Agora, vai se discutir a origem e se fazia uso ou não [da munição], mas cabe à Justiça analisar o fato.
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Ainda de acordo com Ventura, o cantor não resistiu à prisão.
— Foi tudo dentro da normalidade. Não ficamos sabendo de nenhuma resistência.
Após vencer o prazo da prisão em flagrante, ele deverá ser transferido para o Centro de Detenção Provisória de Piracicaba, também no interior do Estado. Segundo o delegado, o cantor divide cela com outro preso e não tem permissão para receber visitas nem tomar sol.
A defesa do cantor entrou com pedido de habeas corpus nesta quinta-feira. O pedido, segundo o advogado Manoel dos Reis Andrade Neto, deve ser analisado ainda hoje.
Preso duas vezes
Hudson, da dupla Edson & Hudson, foi preso no final da tarde desta terça-feira (19), em sua casa. A Polícia Militar encontrou, em sua residência, uma pequena quantidade de droga, armas e munições de uso restrito das Forças Armadas. O cantor foi levado para a delegacia central da cidade.
O músico já havia sido detido em flagrante, durante a madrugada, por porte ilegal de armas. Hudson foi preso depois que sua ex-mulher acionou a polícia e disse que estava sendo ameaçada.
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