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Carnaval fora de época colore as ruas da zona oeste de São Paulo

Embora a prefeitura tenha desistido da folia após não conseguir patrocinadores, parte dos blocos foi às ruas mesmo assim 

São Paulo|

Clima ameno contribuiu para reunir centenas de pessoas fantasiadas
Clima ameno contribuiu para reunir centenas de pessoas fantasiadas Clima ameno contribuiu para reunir centenas de pessoas fantasiadas

O clima ameno contribuiu para que o Carnaval fora de época reunisse centenas de pessoas fantasiadas nas ruas de Perdizes, na zona oeste de São Paulo, neste sábado (16). Embora a prefeitura tenha desistido da folia julina após não conseguir patrocinadores para o evento, parte dos blocos decidiu ir às ruas mesmo assim.

Criado há 15 anos, o Bloco Saia de Chita convocou foliões para a praça Rio dos Campos no meio da tarde. Os termômetros, que marcavam cerca de 27ºC, contribuíram para a animação do público. Moradora do Morumbi, na zona sul paulistana, a advogada Clicia Calmon, de 44 anos, foi de carro com a cachorra Amora, de 6 anos, para aproveitar a folia.

"Vim porque o dia está lindo. A gente lê e escuta tanta coisa ruim que é bom se dar esse momento de relaxamento", disse ela, que usava um colar havaiano. Golden retriever e com 55 kg, Amora usava uma saia de laços colorida e era o centro das atenções por onde passava. "Comprei uma saia de criança e deu certinho nela", contou a dona. Por vezes alguns foliões paravam para dançar com a cadela.

No repertório tocado pela banda do bloco, havia desde releituras de Andar com Fé, de Gilberto Gil, a músicas como Saudade D'ocê, composta por Val Freitas e eternizada em vozes como a de Zeca Baleiro. Nas redes sociais, a organização do bloco disse que já estava ensaiando o cortejo, de nome "Arraiá do Saia", e foi pego de surpresa com o cancelamento do Carnaval pela prefeitura.

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"Não contar com esse apoio do poder público nos impacta, pois fizemos o desfile de abril [no feriado de Tiradentes, na mesma época em que houve o desfile das escolas de samba] já sem apoio", escreveu a organização do bloco em publicação nas redes.

Ainda assim, o Saia de Chita manteve a folia para este sábado. Mas, segundo a organização, com tamanho reduzido. Reforçou também os pedidos de doações via Pix para possibilitar o cortejo. Dezenas de vendedores ambulantes se organizaram em volta da praça.

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No entorno dela, a reportagem do Estadão observou dois banheiros químicos. A instalação dos equipamentos, no entanto, não foi suficiente para que o público deixasse de urinar em ruas vizinhas.

Moradora do bairro Vila Anglo, a designer Ana Luiza Vilela, de 50 anos, conta ter descoberto que haveria Carnaval na praça quando foi a uma feira de frutas e legumes em uma rua próxima durante a manhã. "Eu nem sabia que ia ter nada, só vi uma movimentação. Mas achei até que seria uma festa junina", disse ela.

Ao descobrir que seria Carnaval, Ana aproveitou para levar a filha, de 4 anos, durante a tarde e diz ter encontrado um público maior do que imaginava. "Acho que é o bloco mais cheio que vi desde que começou a pandemia, por isso a gente ficou mais nos cantos", conta a designer. A filha, explica, adora Carnaval e escolheu de próprio punho um balão da Minnie que estava sendo vendido por um dos ambulantes.

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