Caso Pesseghini: policiais militares prestam depoimento nesta segunda-feira
Previsão é de que sete testemunhas sejam ouvidas nesta semana, segundo delegado-geral
São Paulo|Do R7, com Rede Record
Dois oficiais da PM foram ouvidos nesta segunda-feira (26), no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) sobre a chacina que vitimou cinco pessoas de uma mesma família na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo.
Os dois superiores da cabo Andréia Bovo Pesseghini, uma das vítimas, vão ajudar a polícia a traçar um perfil do casal. Laerte Arakem Fidélis foi um dos que prestaram depoimento. Ele substituiu Fábio Paganotto, como comandante da 1ª companhia do 18º batalhão, onde a policial trabalhava.
Ainda conforme a assessoria, a polícia pretende ouvir novamente dois colegas de classe do filho de Andréia com o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Luiz Marcelo Pesseghini. Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, é suspeito de matar os pais, a avó e a tia-avó. Os dois adolescentes já depuseram, mas a polícia considera que podem ter omitido informações importantes.
O delegado-geral da Polícia Civil, Luiz Maurício Souza Blazec, afirmou nesta segunda-feira que sete pessoas seriam ouvidas nos próximos dias no DHPP. Em três semanas de investigação, 41 testemunhas prestaram depoimento. Os relatos dos amigos de escola são os mais reveladores, segundo a polícia. Com eles, os investigadores já conseguiram identificar alguns traços da personalidade do adolescente.
Também nesta semana, a polícia espera receber os laudos da perícia. A análise do IML (Instituto Médico Legal) trará informações como os horários e a ordem em que as vítimas foram mortas e se haviam sido dopadas. Já o IC (Instituto de Criminalística) vai responder a outras questões, como, por exemplo, se a posição em que o corpo de Marcelo foi encontrado confirma a tese de que ele cometeu suicídio.
O IC também deve entregar o resultado da perícia nos telefones e computadores encontrados na casa que pode revelar outros detalhes para explicar como tudo aconteceu.
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Amigo chorou durante todo o depoimento à polícia
Marcelo foi encontrado morto junto com a família no dia 5 deste mês, dentro de casa, na Vila Brasilândia. Ao lado dele, estavam os corpos da mãe e do pai.
Em outro imóvel no mesmo terreno, estavam os corpos da avó de Marcelo, Benedita Oliveira Bovo, e da tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, que não morava lá, mas tinha ido dormir com a irmã. Segundo a polícia, o adolescente teria matado a família, ido até a escola, assistido à aula e se suicidado.