Com assaltos a mão armada, roubos e furtos, moradores do Morumbi enfrentam insegurança
De janeiro a outubro de 2013, foram registrados 20% a mais de roubos do que em 2012
São Paulo|Do R7
Nem o filho do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Thomaz Alckmin, de 30 anos, escapou de entrar para as estatísticas de criminalidade no Morumbi, na zona sul da capital, bairro onde fica o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. O medo da violência é visível. Nas ruas, as casas são protegidas por muros altos, cercas elétricas, câmeras e seguranças.
Com base em informações da Polícia Civil e do site SOS Morumbi, o Estado mapeou pontos vulneráveis na região, onde há assaltos a mão armada, roubos e furtos. De janeiro a outubro de 2013, foram registrados 2.317 roubos no Morumbi, 20% a mais do que no mesmo período de 2012, segundo a Secretaria da Segurança Pública, com base nos dados mais recentes por distrito. O crescimento de roubos no período foi 10% maior do que a alta geral em São Paulo.
Outra vítima da violência no bairro foi a filha do vice-governador e ministro da Secretaria Especial de Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos (PSD). Maria Cecília Domingos Sayoun, de 33 anos, sofreu tentativa de assalto em abril do ano passado, quando levava o filho de dois anos à escola e foi abordada por dois homens.
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Além dos filhos dos chefes do Executivo estadual, não é difícil ouvir relatos de criminalidade no bairro. Os moradores criaram o site SOS Morumbi e um grupo em rede social para relatar casos de violência e mapear os pontos em que já foram registradas ocorrências. O presidente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) do Morumbi, Celso Cavillini, defende as iniciativas.
— Essa comunicação rápida e o contato maior entre os moradores dá uma sensação de segurança. É a nossa forma de tentar amenizar o problema.
A avenida Giovanni Gronchi, que corta o bairro e fica a 1 km do Palácio dos Bandeirantes, tem várias esquinas consideradas críticas. PMs afirmam que os casos mais frequentes na via são de furto de bolsa e celular, como confirma um soldado que trabalha na área e não quis se identificar.
— É como enxugar gelo. A gente fica uma semana no ponto com mais ocorrências e na seguinte isso muda.