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Com dinheiro do tráfico, bandidos fazem voos de rotina e aula de pilotagem

Facção usa helicópteros para transportar milhões de reais e para pagar fornecedores

São Paulo|Do R7

Facção criminosa pretende resgatar de helicóptero Marcola (centro), um dos chefes do PCC, preso no interior de São Paulo
Facção criminosa pretende resgatar de helicóptero Marcola (centro), um dos chefes do PCC, preso no interior de São Paulo

O dinheiro abundante do tráfico de drogas fez com que o uso de aeronaves se tornasse comum entre os criminosos do PCC (Primeiro Comando da Capital). A facção usa helicópteros para o transporte de malotes com milhões de reais de uma região para a outra do Estado e para pagar fornecedores de maconha e de cocaína.

No dia 29 de janeiro, por exemplo, integrantes da facção embarcaram em um helicóptero no Guarujá, no litoral paulista, para levar R$ 1,4 milhão para São Paulo. A aeronave pousou no Campo de Marte, na zona norte, onde os bandidos desembarcaram com o dinheiro em malotes. Um grupo de choque do PCC os aguardava e fez a segurança do dinheiro até a zona leste da capital. Segundo o relatório da inteligência policial paulista, o dinheiro havia sido arrecadado com o tráfico de drogas na Baixada Santista. Ele seria destinado para o pagamento de fornecedores das drogas.

Os homens da inteligência desconfiam que o helicóptero usado para transportar o dinheiro seja o mesmo que serviu para o voo de reconhecimento do plano de resgate, feito por Márcio Geraldo Alves de Ferreira, o Buda, em 29 de novembro do ano passado. Ele é um dos suspeitos apontados pela polícia como responsável por montar a base de apoio dos criminosos em Porto Rico, no Paraná, para resgatar Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

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Buda seria também o responsável pelos contatos dos alunos de pilotagem do PCC com o bandido Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, que se esconde no Paraguai, onde é o gerente dos negócios de Marcola. Na semana passada, o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) pediu à Justiça sua prisão temporária, que foi negada. 

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