A cidade de São Paulo saberá na tarde desta quarta-feira (27) se irá receber ou não a Expo 2020. A decisão por parte do BIE (Bureau Internacional de Exposições) sairá às 14 h (horário de Brasília) em Paris, na França. O prefeito Fernando Haddad está na capital francesa e procurou demonstrar otimismo, embora com um discurso bastante contido.
Para o gestor da capital paulista, a candidatura brasileira – que concorre com Ekaterinburgo (Rússia), Izmir (Turquia) e Dubai (Emirados Árabes) – é a melhor de todas no âmbito técnico, mas Haddad explicou que a decisão leva em conta diversos fatores.
— Continuo pensando que nosso projeto é o melhor tecnicamente falando. E isso é dito por vários delegados. Inclusive alguns, que não votarão em São Paulo, já chegaram a dizer que o projeto é muito bom. De fato, é o mais consistente, sobretudo se olhado da perspectiva metropolitana. Agora, a parte técnica não é a decisiva. Há outros ingredientes na tomada de decisão.
Inspirada em evento que deu prejuízo, SP lança última cartada para receber Expo 2020
Leia mais notícias de São Paulo
Com o tema “Força da Diversidade, Harmonia para o Crescimento”, São Paulo realizou na manhã desta quarta-feira a sua quinta e última apresentação, em uma última tentativa de convencer os 168 delegados do BIE de que a capital paulista é a melhor opção para a Expo 2020, terceiro maior evento mundial, atrás apenas da Copa do Mundo e das Olimpíadas.
De acordo com o projeto apresentado, orçado em R$ 2,8 bilhões, São Paulo ganhará, caso escolhida, um novo espaço de exposições em Pirituba, na zona oeste da capital, além da implantação de programas de habitação social, equipamentos de saúde, educação e infraestrutura de transporte. Por fim, está previsto ainda o reflorestamento da mata nativa da área com a criação de um parque público três vezes maior que o Ibirapuera.
O projeto é um sonho do ex-prefeito Gilberto Kassab, que trabalhou pesado durante a sua gestão pela viabilidade da proposta. Na atual gestão, a meta da Expo 2020 foi mantida, mas sem a mesma ênfase. Contudo, Haddad acredita que o trabalho que era necessário foi feito a contento.
— É difícil prever o resultado porque são quatro fortes candidatos, todos de muito peso. A nossa avaliação é de que fizemos o melhor que podíamos do ponto de vista de respeito ao processo, transparência no dialogo com os países e defesa técnica na defesa do projeto. O balanço é de que cada parte executou aquilo que lhe cabia da maneira possível.