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Com quase 12 horas de duração, termina segundo dia de julgamento de Gil Rugai

Sessão foi marcada por depoimento de delegado que coordenou investigações sobre o crime

São Paulo|Do R7

Terminou por volta das 21h20 desta terça-feira (19) o segundo dia do julgamento de Gil Rugai, acusado de matar o pai, Luiz Carlos Rugai, e a madrasta, Alessandra de Fátima Trotino.

O segundo dia foi marcado pelo depoimento do delegado Rodolfo Chiarelli. Ele coordenou os trabalhos de investigação do assassinato, ocorrido em 28 de março de 2004.

Durante depoimento, Chiarelli afirmou não ter dúvidas de que Gil Rugai é o autor dos assassinatos e disse que ele fez com que o pai ficasse de joelhos antes de matá-lo.

— Na minha visão, ele [Gil Rugai] fez o pai se ajoelhar primeiro e depois matou.


Relembre o caso

O publicitário Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e sua mulher, Alessandra de Fátima Troitino, 33 anos, foram assassinados a tiros dentro da casa onde moravam em Perdizes, zona oeste de São Paulo no dia 28 de março de 2004.


Alessandra foi baleada cinco vezes na porta da cozinha, segundo laudo da perícia. Luiz Carlos teria tentado se proteger na sala de TV. A pessoa que entrou no imóvel naquela noite arrombou a porta do cômodo com os pés e disparou quatro vezes contra o publicitário.

O comportamento aparentemente frio de Gil Rugai, na época com 20 anos, ao ver o pai e a madrasta mortos chamou a atenção da polícia, que passou a suspeitar dele.


Os peritos concluíram que a marca encontrada na porta arrombada era compatível com o sapato de Rugai, que, ao ser submetido pela Justiça a radiografias e ressonância magnética, teria apresentado lesão no pé direito.

Na mesma semana do duplo homicídio, os policiais encontram no quarto do rapaz, um certificado de curso de tiro e um cartucho 380 deflagrado, o mesmo calibre da arma usada no assassinato do casal.

As investigações apontaram ainda que ele teria dado um desfalque de R$ 228 mil na empresa do pai, a Referência Filmes, falsificando a assinatura do publicitário em cheques da firma. Poucos dias antes do assassinato, ele foi expulso de casa.

Um ano e três meses após o duplo homicídio, uma pistola foi encontrada no poço de armazenamento de água de chuva do prédio onde o rapaz tinha escritório, na zona sul. Segundo a perícia, seria a mesma arma de onde partiram os tiros que atingiram as vítimas.

Rugai responde pelo crime em liberdade e será julgado por duplo homicídio qualificado por motivo torpe.

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