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CPI quer que presidente da Sabesp explique ordem de segurar campanha contra desperdício

Em áudio de reunião, Dilma Pena fala que recebeu orientação superior

São Paulo|Do R7

Dilma Pena (foto) durante reunião da CPI da Sabesp
Dilma Pena (foto) durante reunião da CPI da Sabesp Dilma Pena (foto) durante reunião da CPI da Sabesp

Integrantes da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Sabesp querem que a presidente da estatal, Dilma Pena, explique uma expressão usada durante uma reunião cuja gravação em áudio vazou. Nela, a executiva fala que uma “orientação superior” impediu a companhia de alertar a população sobre a necessidade de economizar água.

Os vereadores querem que ela esclareça de quem foi a suposta orientação. Na gravação, Dilma defendia uma campanha de conscientização intensa na mídia. “Isso tinha de estar reiteradamente na mídia, mas nós temos de seguir orientação, nós temos superiores, e a orientação não tem sido essa. Mas é um erro”, disse a presidente na ocasião.

A CPI aprovou um ofício, nesta quarta-feira (29), que será encaminhado a Dilma Pena, segundo o presidente da comissão, vereador Laércio Benko (PHS).

— Aprovamos esse requerimento para que ela [Dilma] esclareça qual foi a ordem e de quem partiu. Queremos que ela nos responda por escrito. [...] A obrigação de um bom gestor público é fazer o que julga correto. Se ela recebeu ordens de algum superior, ela poderia não ter cumprido, ter denunciado essa pessoa ou pedir demissão. Agora a Dilma recebeu a pressão e fez o que achava errado, a propaganda estava leve.

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O promotor Maurício Ribeiro Lopes acompanhou a reunião da CPI e falou que a conduta da presidente da Sabesp deve ser apurada.

— Sendo ela presidente de uma estatal e submetida ao interesse público, diante de uma ordem dessa haveria não apenas ato de prevaricação, mas uma eventual improbidade administrativa e isso seria objeto de investigação dos promotores da secretaria específica do patrimônio público e social.

Questionada, a Sabesp informou que, desde janeiro, fez oito campanhas publicitárias em que alertava a população sobre a situação do sistema Cantareira. A companhia ainda acrescentou que o trecho do áudio divulgado “foi extraído de maneira distorcida e fora do contexto de uma reunião que durou mais de quatro horas. Nele, a presidente da empresa responde às demandas das equipes operacionais, que questionavam a estratégia de comunicação. A presidente informa que a estratégia de comunicação já havia sido decidida pelas instâncias superiores da própria empresa”.

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