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Cracolândia: recaída, cansaço e problemas na vida pessoal motivam falta ao trabalho

Programa da Prefeitura completou dois meses com 307 participantes cadastrados

São Paulo|Amanda Mont'Alvão Veloso, do R7

Participantes do programa varrem as ruas nas imediações da rua Helvétia
Participantes do programa varrem as ruas nas imediações da rua Helvétia Participantes do programa varrem as ruas nas imediações da rua Helvétia

A grande maioria dos usuários de crack cadastrados na operação De Braços Abertos comparece regularmente ao trabalho (86%), mas há ainda um contingente de pessoas que enfrenta dificuldades para frequentar o programa da Cracolândia por causa de recaídas, cansaço, doença ou problemas na vida social.

Os dados foram revelados pelo prefeito Fernando Haddad, pela secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Luciana Temer, e pelo secretário de Segurança Urbana, Roberto Porto, durante o balanço de dois meses do programa, divulgado na última quinta-feira (13).

Pelo programa, o usuário cadastrado ganha hospedagem em um hotel da região, tem direito a três refeições diárias e a um pagamento de R$ 15 por dia. Em contrapartida, o cadastrado tem de trabalhar com varrição durante quatro horas diárias e passar por duas horas de capacitação.

Além disso, os dependentes químicos interessados em abandonar o vício podem aderir a um tratamento clínico oferecido pela Prefeitura. Oito hotéis da Luz foram disponibilizados para atender os participantes.

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Depois de algumas desistências, o programa atualmente tem 307 dependentes cadastrados. Segundo Luciana, a grande maioria é homem e tem entre 18 e 40 anos.

Luciana explica que uma dupla, formada por uma assistente social e por um funcionário da saúde, fica encarregado de monitorar um grupo de 20 participantes.

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— É feita uma chamada e, se alguma dessas 20 pessoas não comparece, essa dupla a procura. Já descobrimos muitas coisas, como mães que não tinham seus filhos na creche e faltavam do trabalho porque não havia com quem deixar as crianças.

O acompanhamento durante os dois meses mostrou que os dependentes químicos tiveram uma redução de até 70% no consumo do crack. O tratamento de desintoxicação foi procurado por 329 participantes, incluindo aqueles que já abandonaram o programa.

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Segundo Haddad, o programa não é uma ação repressiva.

— Temos de calibrar essa ação com saúde, segurança e assistência. Esse equilíbrio precisa ser buscado a todo custo.

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