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Criador de página do Facebook em homenagem à família Pesseghini seria um jovem de 15 anos

Suposto autor postou texto na rede social com esclarecimento 

São Paulo|Do R7, com São Paulo no Ar

Chacina ocorreu na Brasilândia, em agosto do ano passado
Chacina ocorreu na Brasilândia, em agosto do ano passado Chacina ocorreu na Brasilândia, em agosto do ano passado

O criador da página do Facebook “Sargento Pesseghini” publicou um texto na última segunda-feira (14) afirmando ser um garoto de 15 anos que queria homenagear a família morta no dia 5 de agosto de 2013, na Brasilândia, zona norte de São Paulo.

— Olá! Antes de eu explicar quero me apresentar. Tenho 15 anos e moro na Vila Brasilândia, mesmo local onde ocorreu a chacina da família Pesseghini. Eu criei esta página em homenagem a família morta brutalmente, eu me lembro que eu criei essa página à noite logo após ocorrer a chacina.

Naquele dia, às 18h, a Polícia militar encontrou os corpos do sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, 40 anos; de sua mulher, Andréia Regina Bovo Pesseghini, 36 anos; do filho deles, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13; da mãe de Andréia, Benedita Bovo, 67; e da tia dela, Bernadete Bovo, 55 anos.

Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa),que conduziu as investigações, o garoto Marcelo matou a família no dia 4 de agosto e se suicidou no dia seguinte. A família, porém, nunca acreditou nessa versão, e a página do Facebook seria uma prova da inocência do adolescente, já que foi criada às 16h48, antes de os crimes serem notificados.

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O pai do suposto autor da página entrou em contato com a Rede Record e afirmou que a homenagem na rede social foi criada muito antes do crime acontecer, com outro título, sobre outro assunto. Quando o menino viu a notícia do crime na TV, ele resolveu mudar a página para uma homenagem ao sargento. Por isso, teria criado essa confusão.

No texto postado ontem, porém, o suposto autor da página entra em contradição com a afirmação do pai.

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— Eu não me lembro se eu já havia uma página e apenas alterei o nome dela, ou se eu criei à noite já com o nome "Sargento Pesseghini". Mas estou aqui para afirmar, que eu acredito sim na inocência de Marcelo Pesseghini, que no caso eu sempre tive essa opinião. Afirmo também que criei esta página à noite, logo após ocorrer a chacina e nenhum momento alterei o nome da página antes das 19:00 horas do dia da chacina (sic).

A advogada da família, Roselle Soglio, pediu a reabertura das investigações à Vara da Infância e da Juventude do Ministério Público, que assumiu o caso desde a última sexta-feira (11). Segundo ela, a página, somada a várias falhas no inquérito, justificam uma nova investigação.

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Questionado pela reportagem na última segunda-feira (14) se havia possibilidade de o horário de criação da página ter sido adulterada, o Facebook informou que não comentaria o caso.

Segundo o autor do texto, ele não estava fazendo mais postagens na página porque havia esquecido o próprio e-mail. Ele afirmar estar desabafando por estar “triste por diversas pessoas estarem questionando se o criador dessa página é o assassino” e se coloca à disposição para investigação policial.

Nos comentários, alguns usuários elogiam a iniciativa do autor, enquanto outros apontam contradições e dúvidas quanto à criação da página. De ontem para hoje, a página recebeu mais de 1.000 curtidas.

De acordo com a advogada Roselle, a família de Marcelo afirma que o garoto era dócil, não sabia atirar e não tinha capacidade física para cometer os crimes, já que era doente.

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