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Defesa de Mizael não fez "nem cócegas", diz promotor

Rodrigo Merli vai conversar com assistente de acusação para decidir sobre revisão da pena

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Após o julgamento do policial militar reformado e advogado Mizael Bispo, o promotor Rodrigo Merli declarou que vai avaliar, junto com a assistência de acusação, se pedirá a revisão da pena do réu, condenado a 20 anos de reclusão. Merli informou que ainda não há nada decidido e reconheceu que o juiz Leandro Bittencourt “manteve seus critérios” e "fundamentou bem a sentença". Acusado de matar a ex-namorada, a advogada Mércia Nakashima, o PM reformado respondia por homicídio triplamente qualificado — meio cruel, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.

— Na verdade, eu vinha manifestando que esperava algo em torno de 20, 25 anos. A gente vai analisar junto com a assistência de acusação, mas foi dentro do esperado. O doutor Leandro manteve seus critérios para ser coerente. Eu não esperava algo muito diferente disso.

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Para o promotor, a defesa deu outro “tiro no pé” ao tentar “achincalhar” testemunhas que participaram das investigações do caso.

— Fiquei bastante irritado, mas consegui me conter porque verifiquei que estavam dando mais um tiro no próprio pé. Estava soando muito mal. Isso dá um impacto ruim para a própria defesa. Eles cavaram a própria cova. 


Sobre as afirmações dos advogados do réu de que provas forjadas foram inseridas no processo, Merli disse que vai conversar com os profissionais questionados pela defesa para perguntar se pretendem tomar providências.

— Eu acho que os debates acalorados fazem parte do júri. Eu também, muitas vezes, cometo alguns excessos de linguagem. Hoje eu estava mais contido, até porque eles não fizeram, desculpe, mas não fizeram nem cócegas, mas acho que extrapolaram um pouco, sim, nessa questão de dizer que o Instituto de Criminalística plantou uma alga para incriminá-lo [Mizael]. Acho que isso extrapola um pouco. Acho que os profissionais de lá têm que tomar alguma providência. Eu, inclusive, vou conversar com eles para ver se o que eles pretendem fazer.

Sem réplica 

Em relação à estratégia de não pedir réplica, explicou:

— Entendemos que, na verdade, a defesa se preocupou muito mais em atacar as pessoas, as autoridades. Falou muito superficialmente sobre o processo, até porque não tem defesa.

Semiaberto

O representante do Ministério Público explicou que, para efeito de progressão de pena, Mizael precisa cumprir 2/5 da sentença para ter direito ao regime semiaberto, porque se trata de um crime hediondo e foi praticado sob a vigência da nova lei. Isso quer dizer que, em sete anos, o PM reformado pode sair do regime fechado.

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