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Irmã de Mércia Nakashima grita e chama Mizael Bispo de "assassino maldito" após leitura de sentença

Policial reformado foi condenado pelo assassinato de advogada em maio de 2010

São Paulo|Vanessa Beltrão, do R7

Juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano lê a sentença no Fórum de Guarulhos
Juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano lê a sentença no Fórum de Guarulhos

Após a leitura da sentença que condenou Mizael Bispo pelo assassinato de Mércia Nakashima, a irmã da vítima, Cláudia Nakashima, gritou dentro do plenário para o réu: "Assassino maldito!". O policial militar reformado foi a júri popular no Fórum Criminal de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Mizael Bispo foi considerado culpado pelo crime de homicídio triplamente qualificado — motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima — e pegou 20 anos de prisão em regime fechado. Emocionados, os familiares de Mércia ouviram a sentença de mãos dadas. Enquanto isso, o réu ouvia de cabeça baixa.

Durante a leitura da sentença, o juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano destacou que o fato de o réu ter mentido foi considerado um agravante. Cano afirmou ainda que "gestos de amor jamais podem levar a pessoa amada à morte".

Ao fim da leitura, o juiz também se emocionou. Com a voz embargada, ele agradeceu aos defensores, aos advogados, jurados e todos os presentes no plenário.


Sete jurados — cinco mulheres e dois homens – decidiram o destino de Mizael durante o júri popular que começou na segunda-feira (11), no Fórum Criminal de Guarulhos, Grande São Paulo.

Ao todo, foram ouvidas nove testemunhas — cinco da acusação, três da defesa e uma do juízo. Inicialmente, estavam previstas 11, mas duas foram dispensadas pelos advogados do réu.

Do fórum, Mizael volta para o Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte de São Paulo, onde deverá permanecer até se esgotarem todos os recursos da defesa.

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