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Desaparecimento de Joaquim completa um mês e população marca ato para cobrar punição

Padrasto é apontado como principal suspeito pelo crime; ele e mãe do menino estão presos

São Paulo|Do R7

Corpo da criança foi localizado por pescadores boiando no rio Pardo, em Barretos, no dia 10
Corpo da criança foi localizado por pescadores boiando no rio Pardo, em Barretos, no dia 10

No dia em que o desaparecimento do menino Joaquim completa um mês, uma manifestação está prevista para acontecer em frente à casa onde a criança morava, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O ato, que também está sendo divulgado via rede social, foi marcado para as 18h desta quinta-feira (5).

O caso provocou comoção e revolta e, desde que se tornou público, a população tem realizado protestos, incluindo, na porta da delegacia em que a investigação é realizada. O imóvel da família se tornou ponto de homenagens à vítima. Em diferentes momentos, cartazes foram colocados no portão da residência.

No Facebook, páginas foram criadas para acompanhar os desdobramentos da apuração da polícia e para cobrar justiça. Uma delas conta com quase 45 mil adesões.

Os internautas também criaram uma petição virtual. O abaixo-assinado pede “um Código Penal mais rigoroso” e “condenações mais severas para assassinos e criminosos em geral”. O objetivo, segundo o autor da ideia, é inibir a criminalidade.


A indignação que o assassinato do menino causou fica ainda mais explícita em uma das reivindicações da petição: o autor sugere “prisão perpétua para crimes hediondos”. Até às 19h30 desta quarta-feira (4), a iniciativa contava com o apoio de 941 pessoas.

“Queremos penas maiores, que sejam cumpridas 100% do tempo em que o réu for condenado. Sem diminuição por bom comportamento, sem regalias. Prisão perpétua para crimes hediondos. Mudança nas leis brasileiras urgente! Queremos justiça para todos os crimes e em especial para o que esta deixando o Brasil no momento abalado: Joaquim Ponte Marques”.


O abaixo-assinado está sendo replicado em comunidades e perfis da rede social. Em uma postagem, feita para divulgar a petição, os internautas são chamados a participar: “Já opinamos, agora vamos agir! Assinem!”

Investigação


O principal suspeito pela morte do garoto é o padrasto dele, o técnico em informática Guilherme Longo. Longo e a mãe de Joaquim, a psicóloga Natália Mingoni, tiveram a prisão temporária decretada no domingo (10), mesmo dia em que o corpo do menino, que tinha três anos, foi localizado por pescadores boiando no rio Pardo, em Barretos, interior de São Paulo.

Uma das hipóteses cogitadas é de que a vítima tenha morrido em razão de uma dose excessiva de insulina — Joaquim era diabético. A polícia aguarda laudos do IML (Instituto Médico Legal) e da Polícia Científica. O que já está confirmado é que a criança foi atirada no rio sem vida, porque não havia água nos pulmões dela.

Na versão dos dois suspeitos, o garoto sumiu do quarto durante a madrugada da última terça-feira (5), em Ribeirão Preto, cidade vizinha de Barretos. No mesmo cômodo, dormia um bebê de quatro meses, filho do casal.

O padrasto foi levado para a Delegacia Seccional de Barretos. Já a psicóloga está na Cadeia Feminina de Franca.

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