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Diretor da Faculdade de Medicina da USP confirma estupro de aluna; agressores podem ser expulsos 

Segundo vítima, comissão de professores forjou seu depoimento e alegou relação consensual 

São Paulo|Do R7

Estudante de medicina denunciou estupro sofrido na festa estudantil realizada em 2013
Estudante de medicina denunciou estupro sofrido na festa estudantil realizada em 2013

O diretor da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), José Costa Auler, afirmou nesta quinta-feira (15), durante audiência pública na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) promovida pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga trotes violentos nas universidades do Estado, que foi concluída nova sindicância sobre o caso da aluna que denunciou ter sido estuprada em 2013, em festa organizada por estudantes. A comissão concluiu que houve abuso sexual e os dois alunos envolvidos deverão ser punidos, podendo ser até expulsos.

Na primeira sindicância, feita em 2013, professores da comissão disseram que a relação sexual havia sido consensual. Em depoimento ontem na CPI, a aluna do 5º ano de medicina, de 22 anos, acusou a comissão de forjar seu relato sobre o caso.

Ela disse que teve acesso aos documentos da sindicância e que o depoimento que constava como seu não era verdadeiro. Auler afirmou que confia nos professores, mas que vai apurar a denúncia. Segundo a jovem, ela não assinou o depoimento oral na ocasião.

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De acordo com o diretor, a primeira sindicância era apenas uma "apuração preliminar que não se satisfez". Ele disse que encaminhará à procuradoria da USP pedido de apuração sobre a suposta falsidade ideológica relatada pela jovem. A sindicância foi reaberta após a aluna revelar o estupro em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, em novembro. Na ocasião, outra estudante também contou ter sido violentada, o que motivou a criação da CPI.


Outros casos

Uma aluna do grupo feminista Geni e outro estudante de medicina também participaram da CPI para repetir relatos de trotes abusivos e denunciar o que chamam de cultura machista na instituição. O diretor da faculdade disse que nunca omitiu nenhum dos casos que foram levados formalmente à FMUSP e ressaltou a criação de uma ouvidoria própria na FMUSP e a integração de disciplinas de direitos humanos no curso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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