Elize pedia pratos à mesa para Marcos mesmo após o crime, diz governanta
Neuza da Silva, testemunha de defesa, também relatou discussões acaloradas entre o casal
São Paulo|Peu Araújo, do R7
Governanta da família Matsunaga na época do assassinato de Marcos e uma das principais testemunhas da defesa de Elize, Neuza Gouveia da Silva prestou depoimento, nesta quinta-feira (1º), perante o júri que vai decidir o futuro da acusada. Segundo ela, nos dias que sucederam a morte do marido, Elize pediu para que ela servisse a mesa normalmente para o casal. Só na quarta-feira, quatro dias após o crime, ela teria sido informada de que Marcos estava viajando.
Apesar da suposta demonstração de frieza, a governanta lembrou que Elize tinha falta de apetite na semana após a morte do marido. "Ela não tocava na comida", afirmou.
Neuza relatou, ainda, que Elize pediu para que ela fizesse um depósito de R$ 10 mil na conta de Marcos, após matá-lo, mas não sabe precisar se a conta era conjunta.
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A funcionária, que começou a trabalhar na casa no dia 8 de maio de 2012, confirmou que o relacionamento do casal era "conturbado" e disse que as discussões aconteciam normalmente na hora do jantar. Ela negou, no entanto, ter ouvido ameaças feitas pelo empresário.
Duas discussões mais sérias protagonizadas pelo casal foram lembradas. Em uma delas, Marcos teria chamado Elize de "vagabunda" e o pai dela de "vagabundo."
Sobre o comportamento de Elize, Neuza foi categórica: "Ela não é muito de falar". E revelou que a única vez em que viu o choro da ré foi no dia da sua prisão. A governanta também negou qualquer conhecimento sobre a serra elétrica comprada por Elize no Paraná.