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Em apoio a protestos, Grupo Anonymous derruba página da Secretaria de Transportes, PM e da PF

Mais de 240 pessoas foram detidas no quarto dia de manifestações, nesta quinta-feira (13)

São Paulo|Do R7

Site da secretaria de transportes é derrubado por hackers
Site da secretaria de transportes é derrubado por hackers

O Grupo Anonymous divulgou nesta quinta-feira (13), em sua página do Facebook, que derrubou o site da Secretaria Estadual de Transportes, Polícia Federal e Polícia Militar. O ato seria um apoio aos protestos contra o aumento do preço da passagem.

A quarta manifestação foi marcada por violência. O confronto entre a Polícia Militar e manifestantes começou por volta das 19h, na região da rua Maria Antônia. PMs jogaram bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo nos manifestantes, que revidaram tacando objetos. Além disso, os jovens colocaram fogo em lixo e picharam e depredaram ônibus.

O major Lídio da Polícia Militar declarou que o descumprimento do acordo feito com o Movimento Passe Livre gerou o confronto.

— O movimento não cumpre palavra. Então, o que foi acertado é que eles viriam até a praça Roosevelt para fazer a manifestação aqui. Como eles não cumpriram o acordo, nós estamos recuando nossa linha [de bloqueio] para que depois a própria imprensa registre que eles não estão cumprindo o acordo.


A declaração do major ocorreu minutos antes de a polícia lançar bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersar o grupo de manifestantes. De acordo com a polícia, foi combinado que o grupo iria apenas até a praça Roosevelt e não seguiria pela rua da Consolação em sentido à avenida Paulista. Segundo a PM, como os manifestantes tentaram seguir em frente e não houve novo acordo com o grupo, ocorreu o lançamento das bombas. 

Com maior registro de violência e repressão policial, o quarto protesto contra o aumento da tarifa do transporte coletivo em São Paulo acabou com pelo menos 241 detidos. Os confrontos começaram ainda na concentração, na região do Teatro Municipal, por volta das 17h desta quinta-feira (13). Em relação ao número de manifestantes, o movimento calcula que 10 mil estiveram presentes no ato. Já a PM diz que 5.000 pessoas participaram do protesto.


Jornalistas detidos e feridos

Profissionais de imprensa ficaram feridos e alguns foram detidos durante a cobertura do protesto. A repórter da TV Folha Giuliana Vallone foi atingida no olho por uma bala de borracha. Ela estava na rua Augusta quando foi ferida. De acordo com a Folha de São Paulo, o repórter fotográfico Fábio Braga também foi atingido por dois disparos, sendo um no rosto e outro na virilha.


O repórter Piero Locatelli, da revista CartaCapital, e o fotógrafo do Terra Fernando Borges foram detidos nesta quinta-feira. Locatelli foi liberado após algumas horas e Borges passou 40 minutos detido junto com manifestantes. 

O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella, determinou que a Corregedoria da Polícia Militar apure os episódios envolvendo fotógrafos e cinegrafistas durante a manifestação.

Assista às cenas de guerra:

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