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Em primeiro balanço de ação na Cracolândia, prefeitura destaca trabalho da PM

Inicialmente, o programa previa que a Polícia Militar ficasse afastada de algumas ruas

São Paulo|Fernando Mellis, do R7

Haddad garantiu que prefeitura e Estado têm parceria, que inclui ações da PM na Cracolândia
Haddad garantiu que prefeitura e Estado têm parceria, que inclui ações da PM na Cracolândia Haddad garantiu que prefeitura e Estado têm parceria, que inclui ações da PM na Cracolândia

Ao divulgar o primeiro balanço do programa De Braços Abertos, na tarde desta quarta-feira (29), a Prefeitura de São Paulo enfatizou o trabalho da Polícia Militar na região da Cracolândia. Há duas semanas, quando foi anunciado como funcionaria a ação, a administração municipal fez questão de ressaltar que a PM ficaria em uma “segunda circunscrição” na região e que prestaria apenas apoio.

No entanto, nesta tarde era possível ver que as viaturas da Polícia Militar já não estavam nos mesmos locais onde foram posicionadas nos primeiros dias da operação. Agora, elas já permanecem nas alamedas Dino Bueno, Barão de Piracicaba e na rua Helvetia.

Nem mesmo essa presença inibiu o chamado “fluxo”, o comércio e consumo de drogas nas ruas da região. A multidão de dependentes químicos agora se desloca conforme o reposicionamento das viaturas, tanto da PM quanto da GCM (Guarda Civil Metropolitana).

Questionado sobre as mudanças na atuação da PM na região, o prefeito Fernando Haddad disse que se trata de um ajuste.

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— Por isso que toda semana há ajustes e o nosso objetivo de combate ao narcotráfico sempre esteve no nosso horizonte de planejamento. 

De acordo com o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, as polícias Militar e Civil apreenderam 891 g de crack em todo o mês de janeiro da região. Nos últimos dias, 25 pessoas foram presas pela PM, segundo Grella. Ele destacou que esse trabalho vai continuar.

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— É um trabalho que tem por fim não deixar que ali se torne uma zona livre de tráfico de entorpecente, em apoio ao programa da prefeitura e demais programas que o próprio Estado desenvolve na região. É uma questão muito maior, é uma questão complexa, que exige a colaboração de todos, a soma de esforços de todos os segmentos.

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Ao lado de Grella, Haddad minimizou as críticas à ação do Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico) na Cracolândia, na última quinta-feira (23), a qual chamou de “lamentável”, logo em seguida. Na ocasião, o prefeito afirmou que a prefeitura não concordaria com a operação da Polícia Civil, se tivesse sido avisada antecipadamente.

— Não houve divergência em relação a isso [ação do Denarc]. Eu, quando fiz referência àquele episódio, me referi basicamente às pessoas que estavam ali trabalhando, à prefeitura, nosso secretário, os agentes comunitários de saúde e eu expressei minha opinião publicamente.

O programa de redução da danos aos usuários de drogas na região da Cracolândia tem hoje 329 inscritos, segundo a prefeitura. Desse total, 41 entraram ontem e nesta quarta-feira já estavam trabalhando.

Os participantes recebem alojamento em hotéis da região e alimentação. Em troca, eles trabalham no serviço de varrição de ruas e praças por quatro horas diárias. Semanalmente, cada um recebe R$ 120 em dinheiro.

A Secretaria Municipal de Saúde tem acompanhado cada caso individualmente. De acordo com a pasta, 53 dependentes químicos já passam por tratamento em dois Caps (Centros de Atenção Psicossocial) da região. 

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