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Em resposta à força-tarefa anunciada pelo governo de SP, advogados se unem para evitar abusos

Grupo convocou estudantes e profissionais da área para atuar em manifestação nesta sexta-feira

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Protesto de segunda-feira (7) teve depredações em diversos estabelecimentos na região central de SP
Protesto de segunda-feira (7) teve depredações em diversos estabelecimentos na região central de SP Protesto de segunda-feira (7) teve depredações em diversos estabelecimentos na região central de SP (ALESSANDRO BUZAS/ESTADÃO CONTEÚDO)

Após o governo de São Paulo anunciar a instalação de uma força-tarefa para agilizar a identificação de suspeitos e a conclusão das investigações de atos de vandalismo em protestos, o grupo Advogados Ativistas resolveu responder com uma “força-jurídica”. Pelo Facebook, convocou profissionais e estudantes de direito para atuar em delegacias durante o 3º ato “Um milhão pela Educação” – contra a política de educação do governo Alckmin.

A manifestação está marcada para esta sexta-feira (11), em frente ao Teatro Municipal, no centro da capital paulista. De acordo com André Zanardo, integrante do grupo, a iniciativa tem o propósito evitar eventuais abusos por parte do Estado. Ele reconhece que o trabalho do poder público de coibir delitos é legítimo.

— Aprovamos. Queremos prezar apenas pela legalidade, que não peguem outros [manifestantes] como bode expiatório. Parece que há uma cota de manifestantes que tem que ser pega.

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O advogado explica que não cabe ao grupo julgar os que são detidos durante os protestos.

— Nós defendemos todos, porque não sabemos quem cometeu o delito ou não. Não é nosso papel julgar, de primeira mão, se a pessoa é culpada ou não. Somos advogados. Em princípio, eventualmente se a pessoa cometeu um delito, vamos simplesmente aplicar a legalidade. Se cometeu o delito, vai ser julgada pela Justiça e vai ser condenada. Apenas vamos garantir o direito de que não se ultrapasse a pena, por exemplo. Mas o nosso prazer maior é defender aqueles que realmente nada tinham a ver e que estavam lá simplesmente pelo direito à liberdade de expressão.

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Zanardo conta que esse tipo de “convocação” já foi feito em manifestações anteriores, incluindo em outros Estados.

— É um trabalho de Davi contra Golias. Dá para ver que o aparato estatal é muito maior. Com um punhado de advogados disponíveis, podemos ter uma rede razoável de advogados. Mas muitas vezes, nem todos estão disponíveis naquele momento, porque é um ativismo. Ninguém ganha nada com esse trabalho.

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Perguntado como define os Advogados Ativistas, Zanardo responde:

— Não dá para dizer que é só um grupo nem dá para dizer que é só rede. Nós somos o que nós somos. Está funcionando.

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