O empresário Alexsandro Ishisato de Azevedo é procurado pela polícia para prestar esclarecimentos sobre o atropelamento de 12 pessoas que resultou na morte do estudante Marcos Delefrate, de 18 anos, durante uma manifestação em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Ele disse, por telefone, que não sabia da passeata, na noite de quinta-feira (20), e que sofre de síndrome do pânico.
— Na hora eu achei normal, eu achei que eles iam deixar eu passar. Aí eles começaram a chutar o carro, xingar, xingar de tudo quanto é nome, eu com minha mulher. De que jeito você fica? Eu tenho síndrome pânico.
Uma imagem gravada na hora do atropelamento mostra dezenas de pessoas no local onde Alexsandro queria passar. Ele falou que tentou conversar com elas.
— Se eu tivesse de má fé, eu não teria aberto o vidro, tinha atropelado todo mundo e ido embora. Eu nem sabia dessa passeata, nem passava pela minha cabeça.
Azevedo saiu com o carro blindado de um supermercado. Na caminhonete, estava a mulher dele e uma criança. Quando chegou a uma rua que não era possível passar, devido à manifestação, algumas pessoas pediram para que ele saísse de ré, mas o motorista acelerou.
A polícia diz que ele deverá ser indiciado pelos crimes de homicídio doloso — quando há intenção de matar — e pelas tentativas de homicídio.
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