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Esquartejador de Higienópolis: Polícia Civil foca investigação na região do Brás

Sem revelar detalhes, delegado informou apenas que “alguma coisa teria se iniciado” por lá

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Cabeça foi encontrada perto do chafariz da praça da Sé
Cabeça foi encontrada perto do chafariz da praça da Sé

Um dia antes de uma cabeça humana ser localizado na praça da Sé, na região central de São Paulo, policiais que apuram o caso do corpo esquartejado em Higienópolis receberam uma denúncia anônima informando que “o problema estaria concentrado” na região do Brás. De acordo com o delegado Itagiba Antonio Vieira Franco, diretor da Divisão de Homicídios do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), agentes chegaram a ser deslocados para lá, mas não encontraram nada em um primeiro momento. Com a descoberta da cabeça na Sé, que fica nas imediações, a investigação será intensificada na área, conforme o delegado adiantou ao R7

Sem revelar detalhes, ele afirmou apenas que “alguma coisa teria se iniciado” no Brás.

— Nós tivemos uma informação anônima de que o problema poderia estar concentrado na área do Brás. Deslocamos vários policiais para lá e não conseguimos nada. Mas como a cabeça foi encontrada na praça da Sé, bem próximo ao Brás, vamos ter que intensificar a investigação por lá.

No início da tarde desta quinta-feira (26), integrantes da Guarda Civil Metropolitana encontraram a cabeça de um homem. Ela estava dentro de uma sacola de plástico, localizada inicialmente por uma pessoa que passava pelo área.


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Segundo o delegado Itagiba, que esteve no local acompanhado por peritos, a cabeça será submetida a exames, incluindo de DNA, para saber se ela pertence ao corpo esquartejado encontrado em três pontos da região de Higienópolis, no último domingo (23). Ele informou que ainda não é possível ligar os casos.

— Precisamos agora aguardar a manifestação do IML (Instituto Médico Legal).


Praticamente descartado

Ainda conforme o delegado, a suspeita de que o corpo poderia ser de um jovem desaparecido, cujo pai procurou a polícia, está praticamente descartada.

— O filho dele é um rapaz jovem e teria muita tatuagem no ombro, nos braços, o que o cadáver difere [...] De qualquer forma, foi mostrada a foto da cabeça da vítima para ele [pai], que vai ser encaminhado para o IML para fazer o exame de DNA.

O caso

Na manhã de domingo, um morador de rua, que vasculhava o lixo na esquina das ruas Sergipe e Sabará, encontrou dentro de um saco plástico, duas pernas, cortadas abaixo do joelho, e dois braços. As pontas dos dedos das mãos foram decepadas, de acordo com a polícia, a fim de dificultar a identificação digital. O morador chamou um comerciante local, que pediu ajuda para policiais militares que faziam uma ronda na área.

Às 12h30, o tronco, que estava envolto em um vestido vermelho, foi localizado, também em sacos de lixo, dentro de um "carrinho de feira" entre as ruas Mato Grosso e José Eusébio, junto ao Cemitério da Consolação. A pele havia sido retirada, possivelmente para evitar o reconhecimento de tatuagens. Dentro do saco, havia um par de sapatos masculinos.

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Pouco depois, na rua da Consolação, também próximo ao cemitério, foi localizado o terceiro saco. Dentro dele, estavam as coxas envoltas em plástico, amarrados com durex e fita crepe. Nos três sacos, havia pelos e cabelos, que foram encaminhados ao Instituto de Criminalística.

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