Fernando Haddad assume com maioria na Câmara e projetos polêmicos
Dos 55 vereadores, novo prefeito deve ter apoio de 40
São Paulo|Do R7
O prefeito eleito Fernando Haddad assume nesta terça-feira (1º) com ampla maioria na Câmara Municipal e com projetos polêmicos a serem implementados como as mudanças na inspeção veicular e o Bilhete Único mensal.
Haddad precisa de maioria simples (28 votos) para aprovar a maioria dos seus projetos. A exceção fica por conta das mudanças no Plano Diretor e na Lei de Zoneamento que precisam de 32 votos para serem aprovadas, segundo Chico Macena, assessor de imprensa do novo prefeito.
Dos 55 vereadores paulistanos, Haddad deverá ter o apoio de 40 vereadores de 11 partidos. Apenas 13 vereadores (do PSDB, PPS, PSOL e um do PV) deverão fazer oposição. Os dois parlamentares do DEM devem apoiá-lo, mas são considerados "independentes".
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Com amplo apoio da base aliada, Fernando Haddad deve enviar, ainda no primeiro semestre, três projetos: a revisão do Plano Diretor, a mudança no modelo atual de inspeção veicular e o projeto do Bilhete Único mensal, essas duas últimas promessas polêmicas de campanha.
Após aprovação do Plano Diretor, outros projetos importantes ligados ao planejamento urbano devem seguir para votação na Câmara: o novo Código de Obras, a Lei de Uso e Ocupação do Solo e a revisão da planta genérica do IPTU.
Saia justa
Por causa da possibilidade de mudanças na inspeção veicular, o novo secretário do Verde e Meio Ambiente ameaçava sair um dia antes da posse. O vereador Ricardo Teixeira defende a manutenção das regras atuais.
— Eu comparo a inspeção veicular ao cinto de segurança. Ela salva vidas. Sou totalmente favorável. Vamos agora conversar com o partido. A inspeção deu certo no mundo inteiro, por que só no Brasil não vai dar?
Prefeitos anteriores
A situação confortável de Haddad é bem diferente dos seus antecessores José Serra (PSDB), prefeito de 2005 a 2006, e Gilberto Kassab (PSD).
Eles tiveram de lidar com o chamado Centrão. O grupo reunia pelo menos 15 parlamentares do PMDB, PTB, PV, PP e PR. Somados aos 11 vereadores do PT, que era oposição, eles complicavam a vida do prefeito.
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O Centrão começou no dia da posse de José Serra, após a eleição de Roberto Tripoli (PSDB) para a presidência da Câmara contra o candidato do prefeito, que era Ricardo Montoro (PSDB).
Nos primeiros anos da sua gestão, Gilberto Kassab também foi obrigado a negociar com o grupo. O problema só terminou em 2011, com a eleição de seu aliado José Police Neto (PSD) à presidência da casa. Ele derrotou o candidato do Centrão, Milton Leite (DEM).
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