A garota de 17 anos que foi queimada com cigarro e agredida na Praia Grande, litoral sul de São Paulo, prestou depoimento à polícia na terça-feira (30). A adolescente contou que a sessão de tortura durou cerca de quatro horas
Reprodução/ Rede Record
A violência foi filmada e se espalhou pelas redes sociais. De acordo com a delegada titular da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) da Praia Grande, Rosemar Cardoso Fernandes, o caso aconteceu há cerca de um mês, mas veio à tona nesta semana
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Nas imagens, a agressora bate na vítima, que, em alguns momentos, tem o rosto queimado com cigarro. O que motivou a violência foi uma suposta traição da vítima, que teria se envolvido com o parceiro da suspeita. Com ferimentos no rosto, a jovem foi obrigada a dizer que não queria mais saber do rapaz
Segundo a delegada, a adolescente contou, em depoimento, que a agressora usou uma panela de pressão e um capacete para bater na sua cabeça, jogou vinagre em seu órgão sexual e a obrigou a limpar o chão da casa
— Minha irmã era casada na época e ela sempre ‘marcava’ o marido dela nas mensagens que escrevia no Facebook
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Com medo de represálias, a suspeita deixou a cidade de Praia Grande e continua desaparecida. Porém, ela não é considerada foragida porque a polícia não pediu sua prisão temporária
A delegada intimou a suspeita das agressões por meio da mãe dela, mas a mulher não havia comparecido à delegacia até a noite de quinta-feira (2)
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Segundo a dra. Rosemar, o caso está sendo investigado como sequestro, cárcere privado e tortura.
— Pelo crime de tortura, ela pode pegar até oito anos de prisão e o fato de a vítima ser menor de idade agrava a situação
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A adolescente fez exame de corpo de delito que comprovou as agressões. Além disso, a polícia vai utilizar como prova o prontuário médico feito no local onde a garota procurou atendimento após ser agredida