Greve de agentes penitenciários afeta 60 presídios do Estado de São Paulo
De acordo com sindicato, 15 mil agentes cruzaram os braços nesta segunda-feira
São Paulo|Do R7
A greve dos agentes penitenciários paulistas, que começou nesta segunda-feira (10), já paralisa 60 dos 158 presídios do Estado de São Paulo. Ao menos 15 mil profissionais cruzaram os braços, segundo Daniel Grandolfo, de 33 anos, presidente do Sindasp (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo), com sede em Presidente Prudente.
— É metade da categoria, que tem 30 mil agentes.
Ele prevê a adesão total nas próximas horas observando que a greve cresce também na capital.
— Começou [a greve] com 20 presídios, nós esperamos a adesão em todos os presídios.
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Reajuste salarial de 20% e mudanças nas promoções são as principais reivindicações.
— Até agora, o governo do Estado não ofereceu nenhum reajuste. Nós queremos também a redução de classes [níveis de promoções]. Existem oito níveis, o agente precisa trabalhar 35 anos para chegar ao nível oito e isso é humanamente impossível. A nossa proposta é reduzir de oito para seis níveis, o que pode ser alcançado com 25 anos de serviço.
Os agentes não deixarão de atender os presos durante a greve.
— Serviços essenciais serão mantidos, eles [detentos] terão atendimento médico, alimentação e banho de sol. Alvará de soltura também será cumprido
Todos os 158 presídios do Estado de São Paulo estão superlotados, de acordo com o presidente do Sindasp.
— A capacidade dos 158 é para 118 mil presos e, atualmente, estão com 210 mil. A greve será discutida nesta terça-feira em uma reunião no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.