Greve: Metrô aceitou readmissão de demitidos, mas governo vetou
Após cinco dias de paralisação, metroviários suspenderam a greve até o início da Copa
São Paulo|Com Agência Brasil
O superintendente regional do Trabalho e Emprego em São Paulo, Luiz Antonio Medeiros, disse na segunda-feira (9) que faltou pouco para que fosse fechado um acordo entre o Metrô (Companhia do Metropolitano de São Paulo) e os metroviários que estavam em greve havia cinco dias. A principal reivindicação dos trabalhadores, a readmissão de 42 metroviários demitidos, chegou a ser parcialmente aceita pelo Metrô, mas foi recusada pelo Palácio dos Bandeirantes, como explica Medeiros.
— Estranhamente, nós tínhamos recebido um sinal verde [do secretário da Casa Civil, Edson Aparecido] para resolver isso, e discutimos exaustivamente. O presidente do Metrô [Luiz Antonio Carvalho Pacheco] concordou [com a readmissão], exceto duas pessoas que não seriam readmitidas. Achamos que o acordo estava feito, mas quando foi consultar [o governo do Estado], o Palácio [dos Bandeirantes] disse não.
Medeiros estava na reunião com presidentes de centrais sindicais e do Metrô, da qual participaram também o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino Prazeres. Todos em busca de um acordo.
— Nós ficamos três horas conversando com o Edson Aparecido o tempo todinho e, para decepção geral, o Palácio [dos Bandeirantes] não fez nenhum gesto.
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Ainda segundo o superintendente, outras reivindicações dos metroviários chegaram a ser aceitas pelo secretário dos Transportes Metropolitanos.
— O secretário concordou em readequar o plano de carreira do pessoal da segurança e da manutenção. Concordou também em discutir os dias parados, de modo a que os trabalhadores recebam os salários integralmente e a substituição dos dias parados seja gradativa, nos meses subsequentes. Mas a questão que teve grande impedimento foi a readmissão.
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