Grupo infiltrado em protesto na avenida Paulista causou depredações, diz PM
Oito bancos, duas cabines da polícia e uma concessionária foram alvos de vandalismo
São Paulo|Fernando Mellis, do R7
Um grupo infiltrado no protesto que interditou as avenidas Paulista e 23 de Maio foi o responsável pelo vandalismo ocorrido nas duas vias na noite desta sexta-feira (26). A observação foi feita pelo coronel Reynaldo Simões Rossi, comandante do policiamento militar na região central da capital. Pelo menos oito agências bancárias, duas cabines de observação da Polícia Militar e uma concessionária foram alguns dos alvos das depredações.
O protesto começou por volta das 19h, na avenida Paulista, contra o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Neste horário, cerca de 300 pessoas interditaram totalmente a avenida Paulista. “Entre os manifestantes havia um grupo de baderneiros, que passaram a produzir uma série de danos”, disse o coronel da PM.
Várias agências bancárias e cabines da Polícia Militar foram atacadas na Paulista por manifestantes vestidos com roupas pretas. Durante os ataques, criminosos se aproveitaram para fazer saques com cartões clonados. Já na avenida 23 de Maio, uma concessionária da Chevrolet foi alvo de ataque e uma van da TV Record foi depredada. O grupo também incendiou barricadas de lixo nas duas vias.
Bombas de efeito moral foram usadas pela Força Tática da Polícia Militar para dispersar os manifestantes na avenida 23 de Maio. De lá, o grupo seguiu para a avenida Brigadeiro Luís Antonio, onde mais um posto da PM foi depredado. Em seguida, os manifestantes retornaram à avenida Paulista.
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Pessoas que saíam do trabalho estavam assustadas e buscavam informações sobre o funcionamento do Metrô e das linhas de ônibus. A estação Brigadeiro, da linha 2-Verde do Metrô, chegou a fechar durante a manifestação, mas já estava reaberta por volta das 21h20. Estações do Metrô foram pichadas, mas não chegaram a ser quebradas pelos manifestantes. Por volta das 22h, a situação já estava tranquila na região.
Ao todo, sete manifestantes foram abordados pela PM na altura da praça Oswaldo Cruz. Eles tiveram nome e identidade recolhidos pelos policiais e serão investigados pela Polícia Civil. De acordo com o coronel, a PM demorou a agir contra os vândalos para “não colocar a vida de outras pessoas em risco”.
“Visando preservar a integridade física de outras pessoas que não estavam presentes (na manifestação) com esse intento, nós tivemos que encontrar o momento mais adequado para agir. Aprendemos (a agir) a cada manifestação que acontece, mas é importante frisar que nós providenciamos a medida possível para fazer uma intervenção e dissipar esse grupo de baderneiros”, observou o comandante da PM.