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Grupo se reúne com escritório onde estudante Viviane Wahbe fazia estágio e cobra transparência

Polícia investiga se jovem, que se jogou do 7º andar, teria sido estuprada após festa da firma

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Cartaz da manifestação programada para o dia 29
Cartaz da manifestação programada para o dia 29 Cartaz da manifestação programada para o dia 29

Integrantes de um grupo formado por cerca de 700 internautas se reuniram nesta semana com representantes do escritório de advocacia onde estagiava a universitária Viviane Alves Guimarães Wahbe, de 21 anos. Em dezembro do ano passado, a estudante de direito da PUC-SP morreu ao cair da sacada do sétimo andar do prédio onde morava, no Morumbi, zona sul de São Paulo. Ela teria apresentado alteração brusca de humor poucos dias após a festa de fim de ano do escritório, considerado um dos maiores do País.

O grupo, que criou uma página no Facebook para cobrar transparência no caso, foi procurado pelo escritório na quarta-feira (16), segundo informou ao R7 um dos membros, que preferiu não se identificar. Foi agendado, então, um encontro na última segunda-feira (21), quando ficou estabelecido que seria elaborado um documento com perguntas dos internautas. O escritório se comprometeu a respondê-las, mas sem atrapalhar as investigações da polícia.

Os questionamentos estão sendo organizados nesta quinta-feira (24) para o envio posterior ao escritório de advocacia, que foi procurado pelo R7 e confirmou as informações passadas pelo grupo.

"Ato pelo fim do silêncio"

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No próximo dia 29, integrantes do grupo pretendem participar de um ato, organizado por coletivos feministas da cidade, na porta do prédio onde Viviane estagiava. “Levem filmadoras, máquinas fotográficas, cartazes. Haverá baterias, coletivos e muito barulho”, diz o convite, que sugere que os manifestantes usem roupas pretas no dia, representando luto.

Repercussão na rede

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O grupo que pede transparência na apuração da morte da estagiária não foi o único a usar o Facebook para se mobilizar. Na mesma rede social, foi criado um evento: “Viviane Alves Guimarães Wahbe – não esqueceremos”. No texto de apresentação, os autores da iniciativa – representantes da Marcha das Vadias de Curitiba (PR) – explicaram que a ideia é “concentrar informações sobre a investigação do caso”.

No Twitter, foram replicados textos sobre a história postados em sites e blogs reforçando como são misteriosas as circunstâncias da morte da estudante.

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Investigação sob sigilo

Por determinação da Justiça, a apuração corre em sigilo. Há cerca de duas semanas, a polícia mudou a técnica de investigação do caso. O inquérito passou a ser presidido por três delegados, com o objetivo de acelerar os trabalhos.

Uma das frentes de investigação está sendo focada na questão dos fármacos e das drogas que podem ter influenciado o comportamento da universitária, incluindo o medicamento prescrito pela médica que atendeu a jovem em um hospital da capital, dias depois da confraternização do escritório. O remédio costuma ser indicado em casos de epilepsia e mudança de humor.

A outra frente é focada na possibilidade de crime sexual. Entre as questões apuradas pelo delegado responsável, está o suposto estupro que Viviane relatou à mãe. No boletim de ocorrência, a mãe disse que a filha declarou ter sido violentada na noite da festa da firma, em 24 de novembro – nove dias antes do suicídio. Revelou ainda que Viviane contou ter bebido duas taças de champanhe e que tinha apenas flashes de memória da festa.

O terceiro delegado ficará responsável por apurar, entre outros, se houve assédio moral e sexual em relação a Viviane. À polícia, a mãe da estudante de direito relatou que a estagiária reclamava “por estar sofrendo um intenso assédio do chefe no trabalho”.

Em nota, divulgada no início da investigação, o escritório afirmou que não há indícios de qualquer relação direta ou indireta entre o evento comemorativo e a morte da jovem. Acrescentou que sempre proporcionou um ambiente ético e negou qualquer fato que tenha fugido a essa conduta.

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