Haddad quer estatal de ônibus para áreas deficitárias
Segundo o prefeito, o fato de não haver uma frota própria atrapalha a administração municipal
São Paulo|Do R7
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que estuda a criação de uma companhia estatal de ônibus. O objetivo seria que a empresa pública atuasse em casos de emergência e em áreas deficitárias. Haddad afirma que a empresa serviria para dar mais segurança ao sistema de transporte.
— Não uma companhia que absorvesse todo o sistema, como a antiga CMTC (Companhia Municpal de Transportes Coletivos), mas uma companhia que em casos como esse (de paralisação) tenha condições de operar o sistema sem prejuízo para a população.
De acordo com ele, o fato de não haver uma frota própria atrapalha a Prefeitura de São Paulo. Haddad definiu a empresa como um Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) "melhorado".
O prefeito de São Paulo diz que a companhia poderia operar, definitivamente, em determinadas áreas da capital paulista.
— Isso pode vir a acontecer numa área específica, até para haver uma comparabilidade com o setor privado. Nós estabeleceríamos marcos de eficiência do setor privado e setor público, no sentido de dar mais transparência para o sistema.
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Segundo Haddad, a prefeitura tem um ano de prazo para tomar as decisões relativas à empresa, após o fim do estudo realizado. O prefeito também afirmou que pretende descredenciar as duas empresas de ônibus cujos funcionários entraram em greve na manhã desta quarta-feira (4), prejudicando 200 mil passageiros.
Conforme Haddad, as viações Itaquera Brasil, na zona leste, e Oak Tree, na zona oeste, não têm honrado com as obrigações trabalhistas. O prefeito afirma que as empresas recebem repasses, "religiosamente", de acordo com o contrato assinado pela Prefeitura paulistana.
— Se o empresário não tem condições de prestar o serviço, ele tem de abrir mão do contrato.
Haddad quer fazer um contrato de emergência para substituir as empresas.
— É um distrato o que nós vamos propor.
O prefeito afirma achar difícil que as empresas consigam dar garantias de que podem fazer o serviço, uma vez que vêm desrespeitando acordos reincidentemente.