Helicóptero em que morreu filho de Alckmin decolou com controles e alavancas desconectados, diz FAB
Acidente aconteceu no dia 2 de abril em Carapicuíba e deixou outras quatro pessoas mortas
São Paulo|Do R7
A FAB (Força Aérea Brasileira) divulgou nesta terça-feira (2) um relatório das investigações sobre o acidente que deixou o filho do governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), Thomaz Alckmin, e outras quatro pessoas mortas no dia 2 de abril em Carapicuíba, na Grande SP. De acordo com o órgão, dois componentes fundamentais para o piloto controlar a aeronave em voo, os controles flexíveis (ball type) e alavancas (bellcranck), estavam desconectados antes da decolagem.
Apesar de, num primeiro momento, a quebra de uma das pás do helicóptero ter sido apontada como uma possível causa do acidente, a FAB informou que esse problema foi consequência da queda: “Segundo exame dos destroços, os danos encontrados nos motores, transmissão principal e de cauda, pás do rotor principal e de cauda e demais componentes da aeronave foram consequências e não causas da queda”, diz o texto.
O voo do dia 2 de abril foi o primeiro do helicóptero de prefixo PP-LLS após quase dois meses de intervenções previstas de manutenção. Além de Thomaz, morreram no acidente o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves e os mecânicos Paulo Henrique Moraes, Erick Martinho e Leandro Souza. Até o momento, as evidências apontam que o comandante estava pilotando a aeronave em todas as fases do voo.
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As investigações, que estão sendo conduzidas pela Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), não foram finalizadas, portanto ainda não há uma conclusão sobre as causas da queda. A nota divulgada nesta terça-feira destaca que os acidentes aeronáuticos não ocorrem por uma causa isolada, mas por uma série de fatores contribuintes encadeados.