O homem baleado em frente à portaria do clube Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, disse que foi confundido com um policial pelos suspeitos que tentaram assaltá-lo e que "negociou pela vida" no momento em que foi abordado na noite da sexta-feira (15). "Não negociei nenhum bem material, mas sim minha vida, pois um dos assaltantes insistia pro outro me apagar, pois achavam que eu era policial. Apelei pros meus 4 filhos. E ele emendou com 3 tiros", disse Rodrigo Froes a amigos em uma mensagem. Rodrigo agradeceu as mensagens, disse se sentir bem e que em breve deixará o hospital. "Obrigado pelas mensagens. Fora a dor de cabeça, esperada pelo trauma do tiro, estou bem. Devo sair do hospital em breve e me recuperar em casa. Três tiros entraram e saíram do meu corpo sem nenhuma sequela grave", escreveu. A vítima, que esperava o filho na saída do clube, disse ainda que teve ajuda de pessoas que passavam pelo local antes da chegada do Samu. "Um anjo apareceu e conteve meu sangramento maior da cabeça e deu o primeiro atendimento até chegar o Samu. Vida nova que não será desperdiçada." O Clube Pinheiros se manifestou no sábado (16) sobre o assalto em frente à portaria do local, que terminou com um de seus sócios baleado. Em nota, a entidade pediu rapidez nas investigações e disse que os protocolos de segurança do lugar serão revistos para que novos episódios do tipo "não voltem a se repetir”. “Nossos corações e nossas preces estão com a família e os amigos de mais uma vítima da violência em São Paulo. Nossa revolta e nossa preocupação com essa tragédia são extremas. Confiamos na recuperação plena do nosso sócio. E esperamos uma ação célere das autoridades para que os assaltantes sejam capturados e entregues à Justiça", afirmou o clube. Na noite desta sexta-feira (15), Rodrigo Fróes, de 47 anos, foi baleado na portaria da rua Tucumã do Clube Pinheiros enquanto esperava a saída do filho. Ele foi abordado por dois criminosos, que estavam em uma moto. O homem que se sentava na garupa desceu e anunciou o assalto. Houve uma discussão entre a vítima e o suspeito, que em seguida disparou três vezes. Os tiros acertaram a panturrilha direita, o ombro direito e, de raspão, a cabeça de Rodrigo. Os homens, que usavam uma mochila semelhante à de entregadores de aplicativo, fugiram pela marginal Pinheiros. A vítima foi levada para o Hospital Albert Einstein e não corre risco de morte. A Polícia Civil de São Paulo busca os suspeitos e já coletou imagens de câmeras de segurança que flagraram a ação dos homens.