Juiz fecha aeroporto para impedir possível resgate de líderes do PCC
Juiz corregedor da P2 de Presidente Venceslau, onde está a cúpula da facção, determinou que a prefeitura colocasse bloqueios na pista do aeroporto
São Paulo|Kaique Dalapola, do R7
O juiz corregedor da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, Gabriel Medeiros, determinou, nesta quarta-feira (10), o fechamento temporário por 20 dias do aeroporto do município por temer um possível regaste de presos que integram a cúpula da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Entre os presos da P2 de Presidente Venceslau está Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado pela polícia e Ministério Público como o chefe número um da facção criminosa.
“Recebi informações acerca de possível movimentação arquitetada por conhecida facção criminosa cujos líderes encontram-se recolhido na penitenciária [de Presidente Venceslau]”, disse Medeiros, na decisão.
O juiz determinou que o município tomasse “providências necessárias para o isolamento físico da pista de referido aeroporto, de sorte a impedir pouso ou decolagens de aeronaves, com a colocação de barreiras físicas espalhadas para tal finalidade”.
Em nota, a Prefeitura de Presidente Venceslau confirmou a solicitação judicial e disse que fechou o aeroporto municipal.
O presídio, conhecido por concentrar os presos apontados como principais lideranças do PCC, tem capacidade para 1280 pessoas e recebe uma população carcerária de 811 detentos, todos em regime fechado, de acordo com informações da SAP-SP (Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo) atualizadas em 5 de outubro.
Em contato telefônico, a administração da P2 de Presidente Bernardes disse que a movimentação no presídio está normalizada, sem nenhuma indicação de motim.